Após greve e surto de diarreia e vômitos, Ânima agora lida com falta de profissionais nas UTI’s

"Isso não é de hoje. O ruim é que a assistência fica péssima", disse um trabalhador da unidade

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Ânima Centro Hospitalar. (Foto: Alcilene Santos/ Google)
Ânima Centro Hospitalar. (Foto: Alcilene Santos/ Google)

Alvo de uma sequência de polêmicas nos últimos dias, que vão desde a falta de pagamento do piso aos enfermeiros até surtos de diarreia e vômito, o Ânima Centro Hospitalar, em Anápolis, enfrenta mais uma dificuldade: a falta de profissionais. 

Mesmo com a escala completa nas documentações, no interior, as 04 unidades de terapia intensiva (UTI) do hospital lidam com uma sobrecarga em decorrência do desfalque. 

O Portal 6 apurou que na noite deste sábado (06), por exemplo, havia apenas um profissional de enfermagem responsável por duas UTIs e, em todas as 04, apenas 02 técnicos de enfermagem. Cada uma delas é composta por 10 leitos.

Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o requisito mínimo para o funcionamento da UTI é de um enfermeiro para cada 10 leitos ou fração e um técnico da enfermagem para cada 02 leitos. 

Devido a situação, profissionais da unidade relatam que tem ocorrido uma sobrecarga no sistema de saúde, pois muitos não conseguem permanecer em decorrência das condições de trabalho.

“Isso não é de hoje. O ruim é que a assistência fica péssima, entre outras coisas”, disse um trabalhador da unidade, que não terá a identidade revelada. 

Outros problemas 

Para além da ausência de profissionais, servidores do local também registraram recentemente um surto de diarreias, vômitos, dores de cabeça, náuseas, flatulências e outros sintomas que “tomaram conta” da unidade. A situação teria começado no fim de maio de 2024. 

Com o cenário, equipes da Vigilância Sanitária e da Vigilância Epidemiológica foram acionadas e realizaram exames com os envolvidos. Um registro criminal também foi feito na Polícia Civil (PC) para apurar a possibilidade de sabotagem.

Além do panorama, também em maio, enfermeiros iniciaram uma greve no Ânima devido ao não cumprimento do acordo firmado entre o sindicato patronal e o Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPTGO). 

Na época, a condição imposta para o retorno da normalidade seria o pagamento acordado, de modo que o retroativo entraria, com 50% na folha salarial, já em abril, com 25% em agosto e outros 25% no mês de março.

Com a palavra, o Ânima Centro Hospitalar

O Ânima Centro Hospitalar informa que na noite de sábado (06/7) e na manhã deste domingo (07/7), as Unidades de Terapia Intensiva estavam com a cobertura profissional de enfermeiros e técnicos de enfermagem. O hospital preza sempre pela qualidade e segurança do atendimento aos pacientes e colaboradores.

*Atualizado às 20h com nota da assessoria

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