A bailarina e coreógrafa Deborah Colker desembarca em Goiânia com o novo espetáculo “Sagração”, uma adaptação de “A Sagração da Primavera”, obra do russo Igor Stravinsky.
Na versão da brasileira, a música clássica encontra ritmos tupiniquins, unindo tudo em uma apresentação que busca entender a origem do mundo por meio de visões ancestrais.
Espetáculo “Sagração” de Deborah Colker mistura elementos brasileiros com música clássica. (Foto: Divulgação/Flávio Colker)
Na releitura, boi bumbá, coco, afoxé e samba se entrelaçam ao som de Stravinsky, misturando acordes de instrumentos de orquestra às flautas de madeira, maracás, caxixis e tambores.
A peça faz parte de uma turnê de comemoração da Companhia de Dança Deborah Colker, que completa 30 anos em 2024.
Ingressos
Em Goiânia, “Sagração” será exibida nos dias 23 e 24 de agosto, com sessões às 21h, no Teatro Goiânia, região Central da capital.
Os ingressos, que podem ser adquiridos digitalmente pelo site do Sympla, variam de R$ 19,80 a R$ 170, com opção de entrada solidária, com doação de 1 kg de alimento não perecível.
Também é possível realizar a compra presencialmente na Komiketo Sanduicheria da Avenida T-4 ou na bilheteira do teatro, somente nos dias das apresentações.
Processo de criação
Assinado pela própria Deborah Colker, o processo de criação de “Sagração” durou dois anos e meio, após uma viagem que a coreógrafa fez para aldeias indígenas no Xingu. Lá, ela conheceu o cineasta originário Takumã Kuikuro, que contou a ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei.
Assim surgiu a história, que hoje é dançada e acompanhada por narração do próprio Takumã, em meio a uma coleção de explicações para a origem do universo — incluindo passagens sobre Eva e a serpente e sobre Abraão — que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo.
Espetáculo “Sagração” de Deborah Colker remonta cenas bíblicas. (Foto: Divulgação/Flávio Colker)
“A versão mais recente da nossa espécie é a Homo sapiens que, assim como outros seres, precisa se adaptar constantemente”, citou Deborah, enfatizando a presença de personagens que representam bactérias, herbívoros e quadrúpedes.