Justiça define que Amanda Partata seja levada a júri popular
Advogada é acusada de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenando bolos de pote, após não aceitar término de relacionamento
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) definiu que Amanda Partata, acusada de matar o ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86 anos, seja julgada em júri popular.
A decisão foi emitida nesta segunda-feira (26), pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri.
A advogada, que morava em Itumbiara, no Sul goiano, é acusada pelos crimes de homicídio por motivo torpe, emprego de veneno e emboscada (quando é impossível que a vítima se defenda).
O juizado, por sua vez, divulgou que a substância utilizada pela suspeita para executar os crimes foi identificada como “óxido de arsênio”, o qual ela teria comprado 100 gramas pela internet.
Apesar da decisão quanto ao júri popular, a data em que será realizada a audiência ainda não foi divulgada.
Contudo, Amanda Partata deverá continuar presa preventivamente, por haver chances de que ela continue praticando crimes ou até mesmo fuja antes que seja realizada a sessão.
Em tempo
O crime aconteceu na manhã do dia 17 de dezembro de 2023, quando Amanda Partata — que dizia estar grávida — foi até a residência da família do ex-namorado, levando um café da manhã farto, que incluía bolos de pote envenenados.
A intenção dela era que todos ali presentes comessem os alimentos; no entanto, somente Leonardo Pereira Alves (pai do ex-companheiro) e Luzia Alves (mãe de Leonardo) aceitaram ingerir os itens.
Estes, por sua vez, ainda no mesmo dia, tiveram graves sintomas, que mais tarde se desenrolariam e seriam descobertos como envenenamento.
A motivação para o crime teria sido a não aceitação do término do relacionamento de um mês e meio com o filho de Leonardo.
Desde então, a advogada forjava uma gravidez para estar mais próxima da família, mesmo que de forma indesejada.