Mulher denuncia assédio em plena luz do dia em Goiânia: ‘começou a se masturbar e sorrir pra mim’

Ao Portal 6, vítima relatou não ter sido a primeira vez que passou por situações do tipo na capital

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Caso ocorreu próximo ao Hospital das Clínicas. (Foto: Captura/Google Street View)

O que era para ser mais um dia normal para uma moradora do setor Leste Universitário, em Goiânia, em poucos segundos se tornou um pesadelo. Assim foi a manhã desta segunda-feira (14) para uma mulher, de 35 anos, marcada por uma situação de assédio sexual.

Ao Portal 6, a vítima, que preferiu não se identificar, relatou que havia saído com os dois cachorros para passear na rua, como faz rotineiramente.

“Todos os dias eu faço o mesmo trajeto, por uma questão de segurança mesmo. As mesmas pessoas me veem, a gente se cumprimenta, eles já sabem que sou uma mulher que mora sozinha, me veem todo dia, convivem comigo”, explicou, em entrevista à reportagem.

Contudo, ao passar em frente ao Hospital das Clínicas, ela foi surpreendida por um homem dentro de um carro, que, de longe, sorriu para ela.

Apesar de estranha, a cena não apresentava nada de incomum, até que a mulher continuou e percebeu que o suspeito estava se masturbando.

“Quando ele sorriu, já achei estranho, mas aí vi que ele estava se masturbando. Eu parei e fiquei em estado de choque”, relembrou.

Assustada, ela tentou pedir ajuda para pessoas que passavam pela calçada para tentar ligar para a Polícia Militar (PM), uma vez que não havia levado o celular.

“Quando retomei minha consciência, eu parei atrás do carro e fiquei tentando memorizar a placa dele para que eu acionasse posteriormente a viatura. Nisso ele acelerou, porque viu que eu estava anotando, e não consegui gravar, acho que por conta do susto mesmo”, disse.

Situação recorrente

Apesar de preocupante, esta não foi a primeira vez que a trabalhadora passou por uma situação parecida, sendo uma vítima recorrente de assediadores.

Segundo ela, uma das últimas vezes aconteceu há poucas semanas, também quando passeava com os cães em frente a uma universidade, no setor Leste Universitário, onde mora.

“Era 07h da manhã, um cara parou o carro, me abordou falando palavras de cunho sexual, eu gritei pedindo socorro e a situação foi a mesma”, relembrou.

No entanto, diferente do relato desta segunda-feira (14), na ocasião, ela acabou conseguindo identificar o suposto autor e repassou todas as informações detalhadamente para a polícia.

“Eu convivo diariamente com isso, é uma situação muito séria. É muito perigoso, a gente se sente mal, se sente impotente. Eu passei o dia inteiro mal, porque fiquei somatizando isso. É muito tenso quando você é mulher e tem que conviver com essa insegurança que é naturalizada socialmente”, finalizou.

 

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