Chácara está sem energia há cinco dias e potra com complicações de saúde corre risco de morrer em Anápolis

Proprietário do animal afirma que tentou por oito vezes solucionar o problema, mas empresa nega problema

Davi Galvão Davi Galvão -
Por conta do estado de saúde sensível, potra não pode ser transportada até um centro especializado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Por conta do estado de saúde sensível, potra não pode ser transportada até um centro especializado. (Foto: Arquivo Pessoal)

Desesperador. Foi assim que o produtor rural Pedro Almeida definiu a sensação de acompanhar a pequena potra que cria corre o risco de morrer, sem que nada pudesse fazer para intervir.

Isso porque, desde segunda-feira (14), a Fazenda Cabeceira do Retiro, localizada no entorno do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), lida com a falta total de energia – o que impede que procedimentos para assistir a equina sejam realizados no local.

Conforme Pedro, a potra, de apenas 1 ano e 6 meses, foi diagnosticada recentemente com um quadro severo de cólica, que, inclusive, é a principal causa de morte em equinos. Como consequência, o animal necessita de tratamento médico constante, com aplicação de medicações, antibióticos e sondagem no trato intestinal, a fim de evitar maiores complicações.

O ideal, conforme o produtor, era que o equino fosse levado até um centro veterinário especializado, mas devido à condição extremamente sensível, o transporte não é aconselhável.

Cuidados estão tendo de ser realizados no próprio local, mas falta de energia impossibilita o processo. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Se continuar assim, eu não sei mais quanto tempo ela vai aguentar. Os veterinários estão tendo que usar lanternas para conseguirem fazer os procedimentos, mas a sonda, por exemplo, precisa da rede elétrica, ela não suporta um gerador. Se continuar assim, temo que ela não vai resistir”, revelou.

Pedro, que também é advogado, destacou que a potra não é o único animal prejudicado com a falta de energia, já que toda a instalação foi comprometida. As baias, que tinham a água bombeada, por exemplo, não mais estão sendo abastecidas. Como consequência, para não deixar os animais morrerem de sede, está sendo necessário encher, com baldes, cada um dos pontos.

Problemas de contato

Por se tratar de uma situação tão sensível, o produtor contou que entrou, por diversas vezes, em contato com a Equatorial na tentativa de resolver a questão.

Ao total, foram oito solicitações, conforme registros e gravações apresentadas pelo próprio advogado.O Portal 6 teve acesso ao áudio da última tentativa de Pedro em resolver o problema. Na quinta-feira (17), ao questionar a atendente da Equatorial sobre o andamento da situação, que já dura dias, foi surpreendido ao ser informado que, pelo conhecimento da empresa, estaria tudo normalizado.

O que é reiterado em nota enviada ao Portal 6 nesta sexta-feira (18) – que afirma desde o começo da semana não havia nenhum chamado em aberto.

“Aqui no sistema não está tendo informação do porquê continua sem energia, sendo que já era para ter sido restabelecido, então vou estar abrindo um novo chamado”, diz a funcionária.

À reportagem, a Equatorial destacou que uma queda de árvore sobre a rede elétrica havia provocado o rompimento de cabos, mas que o problema já havia sido solucionado e a situação se normalizado.

Leia nota da Equatorial, na íntegra:

A Equatorial Goiás informa que não possui, em seu sistema, nenhum chamado aberto desde segunda-feira (14). Todos os registros do dia já receberam atendimentos e o cliente citado na unidade consumidora 21154247 está normalizado. A concessionária ressalta que o município foi alvo, nos últimos dias, de fortes tempestades, que emitiram cerca de 5.400 raios apenas no fim de semana. A alta incidência de descargas atmosféricas foi sentida pelo sistema de distribuição de energia elétrica que contabilizou danos provocados pela gravidade dos raios. A cidade acumulou, nestes últimos dias, cerca de 156 mm de chuva, o que corresponde a 111% da média normal para o mês​.

As ações rápidas da concessionária, através de manobras telecomandadas, garantiram que a maioria das ocorrências fossem resolvidas dentro dos prazos estabelecidos, minimizando os transtornos para os clientes afetados. Levantamento prévio da companhia aponta que o fornecimento ficou comprometido para alguns clientes porque cabos foram rompidos por galhos de árvores arremessados contra a rede e postes danificados pelas fortes rajadas de vento. Na região do DAIA, um eucalipto com mais de 20 metros de altura caiu sobre a rede elétrica, com a força do vento. Na queda, provocou o rompimento de cabos. Técnicos atuaram incessantemente até a recuperação e normalização total dos danos provocados pelo tombamento da árvore.

A distribuidora reforça a importância de registrar as ocorrências de falta de energia nos canais oficiais de atendimento. Clientes afetados devem comunicar de forma imediata. As equipes da distribuidora estão atentas a esses registros e atuam prontamente assim que recebem as notificações:

Atendente virtual Clara pelo WhatsApp: 62 3243-2020;
Aplicativo Equatorial Goiás, disponível para download no Android e iOS;
Agência virtual no site www.equatorialenergia.com.br;
Via SMS: envie uma mensagem para o número 27949 com o texto Faltadeenergia XXXXXXX, informando no “XXXXXX” sua Unidade Consumidora (UC).

*Colaborou Samuel Leão

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