“Reunião institucional”, diz Caiado ao justificar encontro com vereadores
Justiça decidiu tornar governador inelegível por 8 anos após encontro durante período eleitoral
Durante coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (11), Ronaldo Caiado (UB) classificou como uma “reunião institucional” o encontro com vereadores eleitos em Goiânia, evento que motivou a decisão da Justiça de torná-lo inelegível por oito anos.
Segundo Caiado, a conversa com os representantes do Legislativo teve como pano de fundo a crise na Saúde da capital, que culminou no pedido de intervenção na pasta por parte do Ministério Público de Goiás (MPGO).
“O que está acontecendo hoje em Goiânia [crise na Saúde] já estava acontecendo há seis meses. Tanto é que a Saúde está em situação de intervenção, em colapso total. Neste momento, eu reuni vereadores em uma reunião institucional, de poder. Eu, como governador, vereadores eleitos e suplentes, tratamos de um assunto extremamente delicado naquele momento”, ponderou.
Ainda de acordo com o governador, outros problemas da capital foram tratados durante o encontro, como Zeladoria e Educação.
“A reunião existiu, não foi com o intuito de fazer campanha eleitoral, mas com o intuito de demonstrar preocupação com a realidade que Goiânia vive hoje. Foi uma reunião fechada, onde o objetivo maior era tratar do quadro da Saúde, do Lixo e da Educação em Goiânia. Isso não tem ilegalidade nenhuma”, afirmou o governador.
Caiado citou exemplos do presidente Lula (PT), dos ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Dilma Rousseff (PT), e dos ex-governadores Marconi Perillo (PSDB) e José Eliton, que também realizaram reuniões no Palácio do Planalto, em Brasília, e no Palácio das Esmeraldas, sem sofrer punições.
“Não se pode ter dois tratamentos. “Se o Palácio da Alvorada sempre foi aberto, e o Palácio das Esmeraldas antes do meu mandato também sempre foi aberto, eu me privei de não fazer nenhuma gravação e nenhuma reunião política. É lógico que acredito na Justiça e tenho certeza absoluta de que as respostas serão dadas nas instâncias que forem acionadas, para que a Justiça possa se pronunciar”, defendeu.