Estudante comove goianos ao compartilhar diagnóstico de câncer de mama e pede ajuda para realizar cirurgia
Jovem descobriu diagnóstico aos 27 anos, e agora precisa realizar um procedimento de alto custo para continuar o tratamento
Vitória de Araújo Ferreira é estudante de Medicina em Goianésia, e, aos 27 anos, encara um diagnóstico de câncer de mama. A cirurgia que ela deve realizar precisa ser feita em menos de 60 dias, para que a jovem possa seguir com o tratamento de quimioterapia e se veja livre da doença. Foi pensando nesse prazo, e no alto custo do procedimento – que chega a R$ 25 mil – que ela deu início a um “pix solidário”, pedindo ajudas, mesmo que pequenas, de quem puder contribuir.
A história, incomum nessa idade, comoveu diversos goianos, que resolveram ajudar, mesmo que enviando valores pequenos, ou compartilhando. Ao Portal 6, Vitória contou que morou durante 18 anos em Anápolis, e que a comoção chegou à antiga cidade: “Pessoas que eu não via há mais de 10 anos, não conversava mais, ajudaram, compartilharam…”, relatou.
A jovem explicou que tem fibroadenomas – nódulos benignos nas mamas – desde os 18 anos. Ela acompanhava a condição com um ginecologista em Anápolis, e, há seis meses, havia realizado um ultrassom cujo resultado gerou algumas dúvidas.
Descontente com o exame, que mostrava os fibroadenomas crescendo, a universitária resolveu se consultar com um mastologista em Goiânia, a quem mostrou todas as avaliações que havia realizado desde 2018.
“No primeiro momento, ele já se assustou muito e pediu urgência em todos os exames. Quando peguei o resultado do ultrassom, já veio com classificação de BIRADS 4, que é maligno, e aí na hora meu mundo caiu. Aí eu já sabia que era câncer”, compartilhou.
O resultado da biópsia, que saiu mais rápido que o normal, apenas confirmou a suspeita. Outros exames foram solicitados, e têm sido realizados ao longo das últimas três semanas. Vitória conta que o câncer não é agressivo, mas que o médico pede urgência.
Ela relata que analisou realizar a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas que a previsão, nesse caso, seria de que o procedimento acontecesse em 5 ou 6 meses. Como o diagnóstico já foi atrasado pelo primeiro ultrassom, e ela ainda precisará passar por sessões de quimioterapia após a remoção, o prazo dado pelo profissional de saúde foi de 60 dias.
A estudante de Medicina também compartilhou que a comoção tem sido grande. A mobilização começou dentro da própria família, até que uma prima sugeriu o pix solidário. “Qualquer ajuda é bem-vinda. R$ 5 já faz muita diferença, muita gente está mandando valores pequenos. Sou totalmente grata a isso”, contou.
Contribuições podem ser realizadas pelo PIX (62) 984193021.