Membro de facção inferniza esposa e vizinhos por dois dias em Anápolis: ‘saio na audiência’

Ele foi preso; vítima se refugiu na casa de amiga pensando resolver a situação

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Membro de facção inferniza esposa e vizinhos por dois dias em Anápolis: ‘saio na audiência’
Suspeito foi preso pela Polícia Militar (PM). (Foto: Reprodução)

Uma jovem, de 28 anos, viveu momentos de terror entre a segunda (17) e terça-feira (18), após tentar por fim no relacionamento com o marido, com quem vive há um ano e quatro meses, em Anápolis.

Segundo a vítima, ela já havia tentado se separar do suspeito outras vezes, mas, por ser um usuário de drogas, ele acabava sempre a ameaçando com agressividade.

No entanto, a gota d’água aconteceu quando, durante uma discussão na segunda-feira (17), ele começou a xingá-la de “piranha” e “puta”, momento em que a jovem decidiu sair de casa juntamente com os dois filhos que tem de outro relacionamento.

Assustada com as intimidações, a vítima foi para a casa de uma amiga, mas não sabia que o pior ainda estava por vir: ela foi surpreendida pelo, agora ex-companheiro, que chegou ao local a ofendendo, afirmando que “ela era uma prostituta” e “que era feia”.

Intimidações

A situação se estendeu até o período da noite, com o homem chegando a agredi-la, além de ameaçar até mesmo a família da amiga, que mora com seis crianças na casa, pois “não tinha nada a perde”.

Ele então saiu do local, mas continuou vigiando a ex-companheira em um lote baldio que fica nas proximidades, momento em que avançou contra ela com um facão.

Armas utilizadas na ocorrência foram apreendidas pela polícia. (Foto: Reprodução)

Apesar disso, dois amigos da amiga da vítima chegaram ao local, sendo que um deles pegou um porrete, ordenando que o homem largasse o facão, ou iria acertá-lo. Sem obedecer, o amigo então começou a agredir o suspeito, dando pauladas nos braços e na cabeça, que fugiu.

Apesar disso, não demorou muito para que ele voltasse à residência já na madrugada do mesmo dia, cobrando pelo braço, que estava quebrado, e que queria “ser ressarcido” pelos danos.

Dias de ameaças

As intimidações continuaram pela manhã de terça-feira (18), quando o suspeito voltou ao local, xingando a ex-companheira e exigindo que ela voltasse para casa: “vamos embora, desgraça, bora porra”. Sem resposta, ele subiu no telhado de um vizinho e decidiu jogar pedras nas telhas da casa da amiga, chegando a quebrar uma delas.

Trancadas dentro da residência, as duas foram surpreendidas mais uma vez pelo suposto autor que, desta vez, afirmou que voltaria com uma arma de fogo, e que elas “estavam f*didas” e que “iriam ver”.

Assustadas, as amigas acionaram a Polícia Militar (PM), que chegou às proximidades e encontrou um dos amigos delas — o que havia agredido o suspeito anteriormente —, que auxiliou os policiais a encontrarem o suspeito.

Desacato

Assim, ao o localizarem, os militares foram surpreendidos com socos, empurrões e xingamentos, como “seus ratos, desgraçados, vai tomar no c*”. Resistindo à prisão, ele chegou a dizer aos agentes que não havia medo de ser preso, pois “sairia na audiência”.

Viatura foi danificada após chutes do homem. (Foto: Reprodução)

Diante disso, ele foi algemado e mantido no compartimento da viatura, onde continuou chutando até danificar as janelas, dizendo que “haveria consequências”.

Ao chegar à sede do Instituto Médico Legal (IML), onde iria realizar a confecção do relatório médico, o homem continuou apresentando resistência, chegando até mesmo a quebrar compartimentos da instituição.

Suspeito danificou itens do IML. (Foto: Reprodução)

Os trâmites acerca do suspeito seguiram, com ele sendo encaminhado para outra equipe policial onde, novamente, desacatou os policiais, chegando a dizer para um que o mataria “independentemente de ele estar de farda ou não”. As ameaças persistiram, com o homem afirmando que não tinha medo, pois era membro de uma facção do Pará.

O caso então foi encaminhado para uma delegacia da Polícia Civil (PC), onde as vítimas representaram uma denúncia contra o suposto autor, sendo que a ex-companheira solicitou uma medida protetiva com urgência contra ele.

Agora, ficará a cargo das autoridades competentes os devidos trâmites legais acerca da ocorrência, assim como a instauração de um inquérito.

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