Voltar a cobrar ingressos pode ser saída para reabertura do Mutirama, aponta Prefeitura

Parque de diversões está fechado há mais de uma semana após inconsistências em contrato com prestadora de serviços que realiza manutenções

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Voltar a cobrar ingressos pode ser saída para reabertura do Mutirama, aponta Prefeitura
Entrada do Parque Mutirama. (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Goiânia)

Fechado há mais de uma semana devido à falta de manutenção dos brinquedos, a reabertura do Mutirama (Parque Iris Rezende) depende de fundos para custear os cuidados com o parque.

Segundo a Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp) da Prefeitura de Goiânia, apenas seis das 25 atrações do parque estavam em pleno funcionamento, sendo que algumas delas estavam “condenadas”.

A raiz do problema, segundo a pasta, seria um atraso de quatro meses com a Opção Engenharia Serviços LTDA, empresa responsável pela operação dos brinquedos e da bilheteria.

Os repasses para a companhia foram suspensos pela própria Prefeitura de Goiânia, devido a uma série de inconsistências no contrato firmado pela gestão de Rogério Cruz (Solidariedade), que não estaria “satisfazendo” as necessidades do parque.

No texto, alguns trechos chamavam a atenção quanto aos pagamentos dos funcionários, destaque para um critério de reajuste nos salários dos servidores equivocado, falta de comprovação de pagamentos e pagamento de serviços antes da realização.

Parque Mutirama, em Goiânia (Foto: Divulgação)

Além disso, o contrato não previa a manutenção de todos os brinquedos, tampouco a continuidade dos serviços do parque ou o fornecimento de peças para os brinquedos – estas, com cotações apresentadas pela empresa de forma “frágil ou duvidosa”.

Apesar de todas as inconsistências no contrato, outros fatores também influenciaram na paralisação do Mutirama, como questões de segurança, que incluem o aterramento das atrações, as quais o chefe da Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp), Flávio Rassi, afirmou estarem “condenadas”, em entrevista ao Jornal Opção.

Segundo ele, muitos destes brinquedos corriam sérios riscos de utilização, em especial os metálicos, que, conforme apontado em laudo obtido pela Segenp, sofriam com eventuais descargas elétricas.

Soluções

Mesmo com a suspensão das atividades e as irregularidades no contrato, a pasta informou que pretende retornar com o Mutirama em pleno funcionamento até julho, mesmo que seja necessário tomar medidas para isso.

Dentre as mudanças que podem ser efetivadas para a volta, está o retorno da cobrança dos ingressos — suspensas permanentemente desde 2019, pelo então prefeito Iris Rezende — como alternativa para custear o funcionamento.

Sem uma resolução final, a Prefeitura de Goiânia afirmou “fazer tudo o que for necessário” para voltar aos trabalhos, incluindo readequações no contrato ou eventuais mudanças no funcionamento do parque.

Confira as notas da Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp)  na íntegra:

Nota 1
“A Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas, Planejamento e Transparência (Segenp) estuda a reativação da cobrança dos ingressos do parque Mutirama com o objetivo de auxiliar no custeio e na manutenção do parque. A proposta está em fase de análise, e o modelo de cobrança, bem como os valores, não foram definidos.

Importante destacar que o prefeito Sandro Mabel já determinou que a população de baixa renda terá acesso gratuito garantido. A medida visa assegurar que o Mutirama continue sendo um espaço democrático, acessível e voltado ao lazer das famílias goianienses.”

Nota 2
“A Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp) esclarece que a atual gestão identificou inconsistências e irregularidades no contrato firmado pela gestão anterior com a empresa responsável pela manutenção preventiva dos brinquedos do Parque Mutirama, e suspendeu o repasse de novos valores até a regularização da situação.

O contrato não prevê a manutenção de todos os brinquedos, além de também não oferecer todos os serviços e peças necessárias para os reparos. Entre as várias fragilidades legais do contrato, a empresa recebeu o pagamento de serviços que não foram realizados e não devolveu valores glosados após pagamentos equivocados. O Parque conta com 25 atrações e apenas 6 estão em funcionamento.

A administração municipal esclarece que todas as atrações estão paralisadas para garantir segurança às famílias goianienses, e reforça seu compromisso com a correta aplicação e transparência com os recursos públicos. A Segenp está avaliando as alternativas legais para que o Parque seja reaberto com todos os brinquedos revisados e liberados para uso, o que garantirá a segurança dos frequentadores e trabalhadores.

Ressaltamos que, os problemas atuais do parque foram ocasionados pela gestão anterior, e a atual gestão trabalha para solucionar com a maior brevidade possível, sem comprometer a segurança da população.”

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