Detalhes sobre a morte de cachorros após ataque de abelhas em Anápolis: ‘está sendo horrível’

Insetos invadiram a casa quando animais estavam sozinhos e presos por portões

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Detalhes sobre a morte de cachorros após ataque de abelhas em Anápolis: ‘está sendo horrível’
Stella (esquerdo), Jade (meio) e Mona (direita) morreram após o ataque. (Foto: Arquivo Pessoal)

Revolta e abalo. Assim tem sido os dias da família de Sabrina Cristana Vaz Celestino, que sofreu um baque após metade dos cachorros da família serem mortos por um ataque de abelhas na tarde de quarta-feira (07), na região do Residencial Summerville, em Anápolis.

O enxame invadiu o local por volta das 15h da última terça-feira (06), quando a casa estava vazia. Sozinhos e presos a portões e divisórias do quintal, os animais não conseguiram escapar das inúmeras ferroadas.

Ao chegar em casa, por volta das 19h, cerca de 04h depois, já não era possível fazer nada mais: três deles já estavam caídos ao chão, com várias marcas e até sangue.

Animais foram atacados por abelhas. (Foto: Reprodução)

Ao Portal 6, Sabrina contou que a primeira reação foi do pai dela, que relatou uma estranheza ao ouvir a residência em silêncio — diferente dos habituais latidos que invadiam a vizinhança.

“A gente achou estranho, aí quando fomos olhar nas câmeras de segurança, vimos que por volta das 15h20 mais ou menos, várias abelhas começaram a chegar lá em casa”, contou a jovem, em entrevista à reportagem.

Como é possível ver nas imagens, os animais parecem aflitos, presos às grades e tentando fugir dos ataques. Mas não foi possível fazer muito: Jade de 4 anos e Mona de 9, já estavam mortas.

Stella, a mais velha da turma, com 10 anos, chegou a ser resgatada bastante debilitada e levada a uma clínica veterinária, mas não resistiu ao ter uma parada cardíaca assim que chegou.

“Foi um baque né? Foi aquela situação, chegou ali, sangue, animais mortos e feridos, meu pai ficou revoltado, mas quando a Stella sofreu a parada na clínica, minha mãe chorou muito”, relembrou.

Sobreviventes

Imagem mostra animais que foram atacados por abelhas. Em ordem: Mona (ao fundo), Ana (à esquerda), Stella, Jade, Léo e Maya (à direita). (Foto: Arquivo Pessoal)

Os outros três animais da família, apesar de sobreviverem ao ataque, também foram afetados pelas picadas. Nos vídeos é possível ver Léo, um pinscher, fugindo das abelhas.

“O nosso pinscher, também tá fora de risco, ele está só dentro de casa, mas tá muito amuadinho e doloridinho. A cabecinha dele tá cheia de picada”, explicou.

Maya, uma rottweiler, também se salvou por pouco, uma vez que o canil dela fica mais afastado e os insetos quase não a atingiram. Já a poodle, Ana, que também sofreu com o ataque, segue assustada, ainda que não muito ferida.

“Ana está internada na clínica veterinária. Ela teve várias picadas, estava urinando sangue, mas ela ainda conseguiu se esconder do ataque das abelhas e, como é uma poodle, o pelo é um pouco mais grosso, então foi atacada, mas não sentiu muito os ferrões”, disse Sabrina.

Revolta

Agora, a situação na casa da família segue de revolta, em meio ao silêncio que há tempos já havia deixado de ser costumeiro.

“Está sendo horrível. Nós gostamos muito de animais, mesmo mesmo. Sempre tivemos gato, cachorro, galinha, muitos animais. Então tá bem complicado”, relembrou.

“Eu tenho um filho pequeno, eu estava internada com ele no Ânima quando recebemos a notícia das mortes. Ele chorou muito. Não foi fácil”, continuou.

Mesmo em meio a tantos tons de desespero e tristeza com a morte de Stella, Jade e Mona, Sabrina contou uma história revigorante, com um toque de esperança em meio tudo que ocorreu.

Segundo ela, uma semana antes do ocorrido, ela encontrou um filhote abandonado na rua, o pegando para criar. O mesmo aconteceu com os pais da jovem, que, após perder três animais, foram surpreendidos por mais um filhote que simplesmente adentrou a casa.

“A gente ficou com eles. É como se fosse uma luz que chegou, mas ainda é um momento triste. É o que tá deixando a gente mais animadinho, porque filhote sempre anima a casa. Mas ainda não é a mesma coisa, ainda é muito, muito ruim, porque elas eram cachorras, muito agitadas”, relembrou.

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