Jovem é agredida pelo companheiro com socador de pilão, abusada e mantida em cárcere por quatro dias

Ferimento chegou a ficar repleto de larvas de insetos e ela precisou ser encaminhada ao Hospital Estadual de Urgências, em Goiânia

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
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Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO). (Foto: Lucas Almeida)

Uma jovem, de 23 anos, procurou o posto policial do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), na tarde desta quinta-feira (22), para denunciar que a irmã de 22 anos, que está internada na unidade, teria sido vítima de tentativa de feminicídio, abuso sexual e cárcere privado pelo companheiro.

A situação narrada se tornou chocante, a partir do momento em que ela detalhou como a irmã foi agredida fortemente na cabeça com um socador de pilão, ainda na madrugada do último sábado (17), em uma propriedade rural no estado do Mato Grosso.

Após a agressão, o suspeito, de 44 anos, teria deixado a vítima desacordada num colchão, sangrando bastante pelo ferimento.

Ao acordar, ela teria entrado em desespero ao perceber que o agressor tinha visto um filme de “como colar a cabeça de uma pessoa com cola superbonder”.

A tensão dela aumentou quando notou o ferimento cheio de larvas de insetos, sendo que a partir disso ela começou a implorar quatro dias seguidos por socorro. Entretanto, disse que não foi acolhida.

Nessa condição de impotência, a vítima, mesmo naquela situação, manteve relações sexuais com o autor para que ele a levasse ao hospital. Assim aconteceu, sendo encaminhada para o hospital de Aruanã, mais próximo ao estado mato-grossense.

No hospital

Foi na unidade que as enfermeiras perceberam algo de errado, porque o suspeito alegou que o ferimento teria sido provocado por uma queda de cavalo. A informação foi desmentido pela jovem relatando as agressões que passou, sendo mantida em cárcere pelo período.

Assim, a equipe médica acionou a Polícia Militar (PM), entretanto, o suspeito teria fugido do local, de onde a jovem foi transferida para o Hugo, em Goiânia, por conta da gravidade da agressão.

A denunciante ainda pediu à polícia que fossem realizados exames para aferir violência sexual, pois a irmã apresentava bastante sangramento vaginal e que poderia até ter sido um aborto.

Indignada, ela ainda relatou que a jovem era constantemente agredida, apresentando hematomas visíveis pelo corpo, mas que nunca denunciou o companheiro por medo das consequências.

Ouvindo o relato chocante, a corporação solicitou os exames ao Instituto Médico Legal (IML) para confirmar as denúncias da irmã, a fim de adotar as medidas compatíveis à situação.

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