Dona da Artesanato do Pão faz desabafo emocionante após anunciar fim das atividades

Alto aluguel cobrado na região do Jundiaí, além de problemas de saúde, culminaram no fechamento das portas

Davi Galvão Davi Galvão -
Panificadora Artesanato do Pão anunciou que irá encerras as atividades. (Foto: Davi Galvão)
Panificadora Artesanato do Pão anunciou que irá encerras as atividades. (Foto: Davi Galvão)

Foram 25 anos de história nos quais a panificadora Artesanato do Pão, localizada no Jundiaí, se tornou parte intrínseca do cotidiano de Anápolis até que anunciasse que iria fechar as portas.

Anúncio este que, embora ainda não tenha sido feito de forma oficial, foi confirmado em entrevista ao Portal 6 pela atual proprietária do local, Gisele Regina Fernandes.

Em meio às lágrimas e com a voz entrecortada pelo choro, ela agradeceu todo o carinho e suporte por parte da comunidade anapolina, por mais que tenha estado a frente da panificadora apenas nos últimos nove meses.

Apesar das diversas dificuldades inerentes a se tocar um negócio, ela destacou que o ponto que mais pesou foi o robusto aluguel cobrado, problema recorrente entre empresários do Jundiaí.

Prateleiras e estandes vazios já são prelúdio do fim das atividades. (Foto: Davi Galvão)

Prateleiras e estandes vazios já são prelúdio do fim das atividades. (Foto: Davi Galvão)

“Só de aluguel e os seguros, todo mês fica em torno de R$ 20 mil. Não tem como seguir assim. Eu tentei, realmente tentei, por muito tempo. Mas não dá mais. Dinheiro é importante, mas não é tudo nessa vida. Preciso me cuidar, cuidar dos meus filhos”, lamentou.

Gisele também reconheceu a importância da Artesanato do Pão para cidade e que, por mais que lamente o jeito que as coisas terminaram, não carrega culpa.

“Quando eu comprei o ponto, há nove meses, não sabia da atual situação, de como as coisas estavam. Tentei por muito tempo corrigir o que via de errado, mas não dá mais. Adoeci, desenvolvi um quadro de depressão, até que eu percebi que se não fechasse, ia morrer aqui. Eu não vou ter consciência pesada porque sei que fiz tudo o que podia”, lamentou.

Ainda se lembrando de quando passou a tocar o negócio, a empresária destacou que tinha certeza que estava vivendo o sonho, muito pelo convívio com os clientes e com a rotina da padaria em si.

“Para mim, não tinha prazer maior do que vir aqui trabalhar, conversar com os clientes, ver eles me contando como foi o dia, os problemas que tinham. Vou sentir muita falta”, afirmou.

Mesmo não sabendo ao certo quando a Artesanato do Pão irá oficialmente fechar as portas, ela garantiu que nenhuma pendência com funcionários ou fornecedores será deixada em aberto.

Para o futuro, Gisele pretende continuar com o serviço de entrega de pães e quitandas diversas. Clientes e empresas interessadas podem solicitar encomendas através do @gisellefernandes.

Por fim, ela agradeceu o apoio de toda a clientela ao saberem que as atividades seriam encerradas e, em especial, a todos os donos de padarias e panificadoras que compareceram pessoalmente para aconselhá-la e auxiliá-la neste momento tão difícil.

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