Metrobus é condenada a pagar indenização a mãe de adolescente que morreu após cair de ônibus em movimento

Além do valor a título de danos morais, empresa também deverá pagar uma pensão mensal até quando a vítima completasse 70 anos

Davi Galvão Davi Galvão -
Empresa deverá pagar indenização pela morte do adolescente Carlos Eduardo Silva de Brito. (Foto: TV Anhanguera)
Empresa deverá pagar indenização pela morte do adolescente Carlos Eduardo Silva de Brito. (Foto: TV Anhanguera)

A Metrobus, empresa de transporte coletivo que opera em Goiânia, foi condenada a pagar R$ 200 mil de indenização por danos morais à mãe de Carlos Eduardo Silva de Brito, adolescente de 13 anos que morreu após cair de um ônibus e ser atropelado pelo próprio veículo, na capital.

O acidente aconteceu em 1º de julho de 2022, quando o coletivo, lotado, seguia do Terminal Vera Cruz em direção a Trindade.

Além da indenização por danos morais, a Metrobus deverá pagar pensão mensal à mãe do adolescente. O valor será equivalente a dois terços do salário mínimo a partir da data em que o jovem completaria 14 anos, até os 25.

Após essa idade, a pensão será reduzida para um terço do salário mínimo e seguirá até os 70 anos que Carlos Eduardo completaria, salvo se a mãe falecer antes.

Segundo consta no processo, o garoto estava na escada da porta central devido à superlotação. Durante uma curva, a porta se abriu, ele foi lançado para fora e acabou atropelado.

A 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) reconheceu a responsabilidade da empresa pelo ocorrido. A decisão considerou que, mesmo sem a perícia conseguir identificar com precisão a causa da abertura da porta, houve falha no sistema de segurança do veículo, o que contribuiu diretamente para a tragédia.

Com a palavra, a Metrobus:

A Metrobus informa que foi oficialmente intimada, nesta data (18/06/2025), da sentença referente ao acidente ocorrido em julho de 2022, nas proximidades do Terminal Vera Cruz. Desde o início, a empresa tem colaborado com as autoridades, prestando todas as informações solicitadas. Reafirmamos nosso compromisso com a segurança e a integridade dos usuários, esclarecendo que todos os veículos operam com sinalização preventiva e que as portas contam com sensores de segurança que impedem a circulação do ônibus caso estejam abertas. A empresa está analisando os termos da decisão para definir as providências legais cabíveis. Seguimos à disposição da Justiça e da sociedade, com transparência e responsabilidade.

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Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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