Sonho que virou pesadelo: conheça a história por trás do parque fantasma de Goiás

Quase 30 anos depois de começar a ser construído, ruínas do que seria o empreendimento figuram às margens da BR-060

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Sonho que virou pesadelo: conheça a história por trás do parque fantasma de Goiás
Parque teve obras abandonadas por uma série de questões (Foto: Portal 6)

Moradores das regiões de Anápolis, Goiânia e Brasília foram os que mais ficaram empolgados na década de 1990, com a construção do que seria um dos maiores complexos aquáticos à época na região Centro-Oeste: o parque Aquamania.

Entretanto, o que se vê, em pleno ano de 2025, são as ruínas representadas pelas estruturas do que seriam o empreendimento, às margens da BR-060, na região de Goianápolis. Entre elas, destacam-se os tobogãs.

Toboágua levantado é emblemático para o abandono do local (Foto: Reprodução)

Itens que nunca foram usados e que, a princípio, nunca serão. Mas, o que está por trás sonho que virou pesadelo para cerca de 12 mil cotistas que acreditaram no empreendimento? O Portal 6 explica.

Documentações ambientais

Segundo o Portal Metrópoles, questões ambientais despertaram o problema, com a obra, no início, sendo embargada. Havia uma preocupação com uma possível poluição do córrego Souzinha, responsável pelo abastecimento de água de Goianápolis.

O empreendimento até conseguiu autorização para tocar as obras, mas suficiente somente para concluir com uma das quatro etapas previstas.

No caminho das águas, tragédias

O portal ainda trouxe que duas mortes trágicas ocorreram nos anos em que a construção do parque estava em voga. Em 1998, um dos principais sócios, João Augusto Naves, morreu em decorrência um acidente de carro.

Já a outra pessoa que morreu, foi o então promotor do Ministério Público de Goiás (MPGO), Sulivan Silvestre, em um acidente aéreo em 1999. Ele havia chegado a abrir um inquérito contra o Acquamania.

Não avançou

A viúva de João Augusto Naves não avançou na questão, com o portal relatando que ela e o vice-presidente do Acquamania, Ricardo Mendes, tiveram desentendimentos. Motivo pelo qual ele deixou a sociedade, após uma briga judicial.

No caminho, houve, ainda, a necessidade de reconhecimento da união dela, que seria estável, com o companheiro falecido, aumentando os problemas.

Essa briga judicial teria acarretado o fim da sociedade, com a situação ficando pior por conta de um racha na família, já que Ricardo se casou com uma irmã de João Augusto.

“Tentei várias pessoas para entrar em sociedade, fui atrás de sócios e investidores para dar continuidade, mas tinham medo dos meninos (filhos do casal) crescerem e quererem reivindicar alguma coisa. Não tive capacidade de continuar. Infelizmente, não foi por má-fé”, contou Luciana ao Metrópoles.

Leilão

Sem poder continuar com a obra, a área do parque inacabado foi leiloada em 2007 por R$ 350 mil, valor considerado bem abaixo do mercado.

O montante teria sido usado para a quitação de dívidas provindas de decisões judiciais de ex-sócios que acreditaram na construção do parque.

Hoje, o que seria o Aquamania são só ruínas. Tobogãs futurísticos para a época se desmanchando, conforme o tempo vai passando, a ponto de sumirem e nos futuros anos podendo deixar de ser referência do parque aquático fantasma de Goiás.

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