Delegado de Anápolis é absolvido de acusações de desviar TV, geladeira e celulares apreendidos
Caso veio à tona em 2023 e Justiça entendeu não haver ilegalidade nas ações dele

O delegado Rafhael Neris Barboza, titular da Central de Flagrante de Anápolis, foi absolvido das acusações de desvio, apropriação e doação de celulares apreendidos, além de uma geladeira e uma televisão, enquanto estava a frente da delegacia de Uruaçu.
Os fatos teriam ocorrido em 2020 e, desde então, Raphael já vinha negando ter se apropriado de qualquer bem.
Quando o caso repercutiu na mídia, em 2023, o oficial argumentou que os produtos são frutos de contrabando e seriam descartados ou destruídos e que, por isso, resolveu doá-los a pessoas em recuperação.
“Gostaria de esclarecer que não me apropriei dos bens, bens estes frutos de contrabando e que provavelmente seriam destruídos ou descartados. Os bens foram doados a pessoas em recuperação, com único intuito de ajudar. Não houve prejuízo ao erário, e nenhuma vantagem da minha parte” afirmou, à época.
Além disso, ele destacou que, após ser procurado pela Justiça, efetuou a devolução de todos os itens, em espécie, na quantia de R$6.791,55.
Na defesa, o delegado ainda sustentou que assumiu a Delegacia de Polícia de Uruaçu em um “ambiente de trabalho absolutamente inóspito, com diversos bens apreendidos sem a devida catalogação, identificação e sucateados”.
Ele também mencionou também que não recebeu inventário dos bens e que promoveu uma “verdadeira revolução” na delegacia, inclusive empregando recursos próprios para melhorar o ambiente de trabalho e atender a população.
Na decisão, a juíza substituta Letícia Brum Kabbas reconheceu a ausência de dolo nas ações atribuídas ao delegado, tomando como improcedentes os argumentos levantados pelo Ministério Público (MP).
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