Mãe acusada de matar filha recém-nascida e manter corpo escondido por 5 anos cumprirá pena em prisão domiciliar
Medida deve permanecer vigente até julgamento final do recurso

Condenada pela Justiça de Goiás por matar a própria filha recém-nascida e esconder o corpo em um escaninho por cinco anos, Márcia Zaccarelli Bersaneti passará a cumprir a pena em prisão domiciliar, conforme decisão judicial.
A sentença foi assinada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara após a defesa da ré solicitar o recolhimento domiciliar, alegando que ela sofre de uma doença grave. Márcia foi sentenciada a 18 anos e 8 meses de reclusão, mas aguarda em liberdade e pode recorrer.
O magistrado entendeu que a prisão domiciliar é necessária por “razões humanitárias e em observância ao princípio da dignidade da pessoa humana”. A medida deve permanecer vigente até o julgamento final do recurso.
Em nota enviada à imprensa, a defesa classificou a decisão como “acertadíssima”, afirmando que Márcia enfrenta um câncer agressivo e já passou por cirurgia para retirada de um tumor. Além disso, reforçou que a condenação ainda não é definitiva, embora o Ministério Público tenha solicitado o cumprimento provisório da pena.
Relembre o caso
O crime ocorreu em 2011, em Goiânia, mas só foi descoberto cinco anos depois, em 2016. Ela foi presa no mesmo ano, após o corpo da criança ser encontrado e a Polícia Civil (PC) iniciar as diligências.
Segundo a investigação, Márcia era professora e casada, mas a criança seria fruto de um relacionamento extraconjugal. A acusada deu à luz a uma menina em 2011 e, de acordo com ela, o marido tinha conhecimento da situação.
A mesma alegou que, após receber alta do hospital, foi até uma praça esperar o marido. Quando ele chegou, teria tentado tirar o bebê dos braços dela.
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“Ele tentou a todo custo retirar a minha filha dos meus braços, e eu a apertava contra o peito para protegê-la. Ficamos um tempo nessa briga até que fomos para casa. Quando cheguei, percebi que minha filha não estava mais respirando”, declarou Márcia na época.
A professora também afirmou que era maltratada pelo ex-companheiro e alegou que ele só denunciou o caso para impedi-la de ter acesso aos bens do casal durante o processo de separação.
No entanto, na sentença, o juiz concluiu que Márcia agiu com frieza e de forma cruel, ressaltando que ela chegou a tampar o nariz da própria filha, o que teria causado a morte.
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