Mãe acusada de matar filha recém-nascida e manter corpo escondido por 5 anos cumprirá pena em prisão domiciliar

Medida deve permanecer vigente até julgamento final do recurso

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Mãe acusada de matar filha recém-nascida e manter corpo escondido por 5 anos cumprirá pena em prisão domiciliar
Márcia Zaccarelli Bersaneti. (Foto: Aline Caê/TJGO)

Condenada pela Justiça de Goiás por matar a própria filha recém-nascida e esconder o corpo em um escaninho por cinco anos, Márcia Zaccarelli Bersaneti passará a cumprir a pena em prisão domiciliar, conforme decisão judicial.

A sentença foi assinada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara após a defesa da ré solicitar o recolhimento domiciliar, alegando que ela sofre de uma doença grave. Márcia foi sentenciada a 18 anos e 8 meses de reclusão, mas aguarda em liberdade e pode recorrer.

O magistrado entendeu que a prisão domiciliar é necessária por “razões humanitárias e em observância ao princípio da dignidade da pessoa humana”. A medida deve permanecer vigente até o julgamento final do recurso.

Em nota enviada à imprensa, a defesa classificou a decisão como “acertadíssima”, afirmando que Márcia enfrenta um câncer agressivo e já passou por cirurgia para retirada de um tumor. Além disso, reforçou que a condenação ainda não é definitiva, embora o Ministério Público tenha solicitado o cumprimento provisório da pena.

Relembre o caso

O crime ocorreu em 2011, em Goiânia, mas só foi descoberto cinco anos depois, em 2016. Ela foi presa no mesmo ano, após o corpo da criança ser encontrado e a Polícia Civil (PC) iniciar as diligências.

Segundo a investigação, Márcia era professora e casada, mas a criança seria fruto de um relacionamento extraconjugal. A acusada deu à luz a uma menina em 2011 e, de acordo com ela, o marido tinha conhecimento da situação.

A mesma alegou que, após receber alta do hospital, foi até uma praça esperar o marido. Quando ele chegou, teria tentado tirar o bebê dos braços dela.

“Ele tentou a todo custo retirar a minha filha dos meus braços, e eu a apertava contra o peito para protegê-la. Ficamos um tempo nessa briga até que fomos para casa. Quando cheguei, percebi que minha filha não estava mais respirando”, declarou Márcia na época.

A professora também afirmou que era maltratada pelo ex-companheiro e alegou que ele só denunciou o caso para impedi-la de ter acesso aos bens do casal durante o processo de separação.

No entanto, na sentença, o juiz concluiu que Márcia agiu com frieza e de forma cruel, ressaltando que ela chegou a tampar o nariz da própria filha, o que teria causado a morte.

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Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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