Consórcio do SAMU pode ter virado água sem assinatura de Márcio Corrêa
Principal argumento que tem pesado na decisão do prefeito se baseia em um antigo ditado popular: “em time que está ganhando não se mexe”

Após ouvir atentamente os conselhos de pessoas próximas, que demonstravam grande reticência quanto à adesão de Anápolis ao chamado “consórcio do SAMU”, o prefeito Márcio Corrêa (PL) parece não estar mais disposto a levar a ideia adiante.
A pressão pela adesão sempre foi grande, especialmente por parte do Governo Estadual, que via na inclusão do município um passo fundamental para a consolidação da Rede de Urgência e Emergência (RUE) no Centro-Norte goiano. Contudo, a cautela prevaleceu nos bastidores do Executivo anapolino, e a assinatura que selaria o acordo agora é uma grande incerteza.
O principal argumento que tem pesado na decisão do prefeito se baseia em um antigo ditado popular: “em time que está ganhando não se mexe”.
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O serviço do SAMU em Anápolis, atualmente sob gestão municipal e com forte parceria com o Corpo de Bombeiros, é considerado eficiente e não apresenta os problemas crônicos vistos em outras localidades.
A avaliação é que a integração ao consórcio poderia burocratizar o atendimento e fazer com que a cidade perdesse a autonomia sobre a regulação das ambulâncias, um risco que a administração municipal parece não querer correr.
A possível ausência de Anápolis no arranjo representa um duro golpe para a viabilidade do consórcio.
Por ser a maior e mais estruturada cidade da região, a participação anapolina era vista como a espinha dorsal do projeto, tanto em termos financeiros quanto operacionais.
Sem a contrapartida e a estrutura que o município ofereceria, todo o planejamento para os outros municípios que já aderiram ao modelo pode ser comprometido, correndo o risco de o consórcio, na prática, nem sair do papel ou nascer enfraquecido.
Apesar do cenário de recuo, a desistência de Anápolis ainda não foi oficializada. Fontes ouvidas pela coluna Rápidas indicam que a pressão política pela adesão continua nos bastidores, e o martelo ainda não foi batido em definitivo.
O prefeito Márcio Corrêa segue em uma posição delicada, equilibrando a responsabilidade de manter um serviço de excelência para os anapolinos e as articulações políticas que envolvem a saúde pública em nível estadual, deixando o futuro do consórcio em aberto.
Comandante de CPMG em Anápolis disse que compartilhou mensagem”por engano”
Após a coluna Rápidas contar que um comandante de um Colégio da Polícia Militar de Goiás (CPMG) de Anápolis estava fazendo proselitismo político e ideológico em um grupo de WhatsApp da equipe de professores e corpo pedagógico da instituição, ele enviou uma nota no mesmo espaço pedindo desculpas pelo ocorrido.
No texto, o oficial alega que a mensagem foi encaminhada “por engano” para o grupo de trabalho, após recebê-la “em outro contexto”.
O comandante afirma que, ao repassar o conteúdo para grupos de amigos particulares, acabou direcionando também ao grupo profissional.
Ele finalizou pedindo desculpas pelo “inconveniente” e solicitando que “a postagem seja retirada imediatamente a quem dispuser”. Mal sabe ele que só a Justiça tem esse poder.
Novamente sem alarde, Uber abandona teste que estava fazendo em Anápolis
Da mesma forma discreta como chegou, a função que permitia aos usuários da Uber em Anápolis dar “lances” para agilizar suas corridas desapareceu do aplicativo.
A ferramenta, que transformava a solicitação de um carro em um leilão virtual, foi desativada sem qualquer comunicado oficial da empresa, reforçando o caráter experimental da iniciativa que usou a cidade como laboratório.
O teste, que durou poucas semanas, parece não ter agradado ou atingido os resultados esperados pela gigante da tecnologia. Com o fim do experimento, a opção “Não pegue filas” não é oferecida mais, voltando com a tradicional “prioridade”.
A manobra silenciosa da Uber deixa no ar a incerteza sobre os próximos passos da plataforma na cidade, mas indica que a tentativa de criar um mercado de leilão pelas corridas, ao menos por enquanto, foi um capítulo encerrado tão rapidamente quanto começou, deixando motoristas e passageiros sem entender a estratégia.
Os motivos que estão fazendo os motoristas de aplicativo desistirem da Uber em Anápolis
O aparente fracasso do teste da Uber em Anápolis pode ser um sintoma de um problema maior que a empresa enfrenta na cidade: a crescente preferência dos motoristas pela concorrente 99. Nos bastidores, a migração de profissionais para a outra plataforma é evidente e tem se intensificado nos últimos meses.
O principal motivo, segundo relatos dos próprios condutores, é a maior rentabilidade oferecida pela 99, que garante ganhos mais justos e taxas consideradas mais atrativas.
Essa equação não beneficia apenas os motoristas. Para os passageiros, a 99 também tem se mostrado uma opção mais vantajosa, com preços frequentemente mais baixos em comparação aos da Uber.
Esse cenário cria um ciclo favorável à concorrente: com mais motoristas disponíveis, o tempo de espera diminui e a qualidade do serviço aumenta, atraindo mais usuários e, consequentemente, mais profissionais.
Enquanto isso, a Uber parece perder espaço, enfrentando uma debandada que certeza compromete a competitividade da gigante no mercado local.
Nota 10
Para o Governo de Goiás pela ampla reforma e modernização do Terminal da Praça da Bíblia, em Goiânia.
Com um investimento de R$ 29 milhões, a estrutura foi completamente reformulada para atender os 65 mil passageiros diários com mais conforto e segurança, incluindo a ampliação da área coberta, iluminação em LED e padrões de acessibilidade.
A modernização vai além da infraestrutura, com a implementação de tecnologias de ponta como totens eletrônicos e um sistema de inteligência artificial com reconhecimento facial para identificar criminosos, mostrando um compromisso com a inovação no transporte público.
A entrega de 90 novos ônibus menos poluentes e a garantia do governador Ronaldo Caiado de que a tarifa não sofrerá reajuste coroam a iniciativa, que serve de modelo para a renovação de outros terminais e eleva o padrão do serviço oferecido à população.
Nota Zero
O estabelecimento demonstrou total desrespeito com a vizinhança ao promover um evento em via pública sem autorização, com som acima do permitido e obstruindo o passeio público.
A autuação, que resultou no embargo das atividades, serve de exemplo para que outros estabelecimentos do tipo não ousem fazer o mesmo e entendam que a ordem pública e o bem-estar da comunidade devem ser sempre priorizados, pois a cidade não é terra sem lei.