Ambulante que recebeu mais de R$ 70 mil em indenização fica sem nada depois de um mês e conta onde foi parar o dinheiro
“Não me arrependi nem um pouquinho. Um dia todo mundo vai morrer, né? Eu queria me divertir”, disse

A vida de Luís Fernando de Arruda, de 32 anos, virou assunto em Baixo Guandu, cidade de pouco mais de 31 mil habitantes no interior do Espírito Santo.
O ambulante recebeu recentemente R$ 71 mil líquidos de indenização paga pela Fundação Renova, ligada à reparação da Vale pelos atingidos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Um mês depois, não sobrou nada.
Casado e pai de uma bebê, Luís Fernando decidiu que não investiria o dinheiro em negócio próprio, casa ou segurança financeira para a filha. Preferiu viver, como ele mesmo define, uma “vida de rei”.
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“Não me arrependi nem um pouquinho. Um dia todo mundo vai morrer, né? Eu queria me divertir”, disse.
E assim foi. O valor acabou em pouco mais de 30 dias, gasto em churrascos diários com amigos, bebidas e som alto. Ele também comprou uma moto, um celular e passarinhos caros, mas garante que hoje já não tem mais nada.
“A moto eu já vendi, o celular também. Não tenho mais nada”, contou.
Festas em todo canto
As festas aconteciam no quintal de uma casa alugada, improvisadas com espetos sobre blocos de cerâmica.
Sempre sorridente e com uma cerveja nas mãos, o ambulante espalhou pela cidade o bordão “não dá nada”, que repete até hoje, mesmo sem explicar exatamente o que significa.
Em seu perfil nas redes sociais, chegou a anunciar a venda não só da moto e do celular, mas também caixas de som e até um triciclo infantil.
Sem nenhum centavo da indenização, Luís Fernando já fala em voltar a vender sorvete pelas ruas da cidade — ofício que exerceu antes do dinheiro chegar.
Mas só quando “esquentar um pouquinho”. Até lá, aguarda a restituição do Imposto de Renda, em torno de R$ 5 mil, que pretende usar para recomeçar.
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