Crianças e adolescentes diabéticos em Goiás terão acesso a sensor de glicose gratuitamente

SES explicou as vantagens de disponibilizar os dispositivos a este grupo específico no estado

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Crianças e adolescentes diabéticos em Goiás terão acesso a sensor de glicose gratuitamente
HGG passa a fornecer gratuitamente sensores de glicemia para pacientes diabéticos de 2 a 14 anos. (Foto: Divulgação/SES)

Uma novidade interessante que alcança crianças e adolescentes portadores de diabetes, com idades entre 2 e 14 anos, passa a vigorar em Goiás. O método já está valendo a partir deste mês de outubro, informou a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Agora, este grupo diagnosticado com a doença do tipo 1 terá acesso a sensores para monitoramento de glicose. Para isso, basta ser atendido no Centro Estadual de Atenção ao Diabetes (CEAD) do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG).

O Governo de Goiás citou que com a medida, o hospital, já reconhecido como referência nacional no tratamento da doença, também se torna o primeiro da rede estadual a oferecer, de forma sistemática, os dispositivos.

O investimento, segundo a SES, será de R$ 768 mil por ano e atenderá cerca de 60 pacientes elegíveis, com possibilidade de este número chegar a 100, considerando a faixa etária.

O serviço disponível aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) faz parte do Programa de Monitoramento Contínuo de Glicose em Crianças e Adolescentes do HGG. Serão dois sensores por mês, com durabilidade entre 14 e 15 dias.

A médica endocrinologista pediatra da unidade, Tainara Emília, destacou um incremento. “Além destes dispositivos, nós também vamos disponibilizar monitores digitais, para que as crianças e os pais possam acompanhar oscilações”, citou.

Ela explicou que a troca dos dispositivos será feita uma vez por mês. “Eles retornam em 30 dias para uma nova consulta onde vão receber novos dispositivos. Lembrando que a equipe médica do CEAD irá fazer a avaliação dos dados coletados pelo sensor e orientar as famílias”, disse.

O processo é para fazer com que os profissionais interpretem as informações. Os dados, segundo a profissional, também serão base de pesquisas no HGG.

Isso ocorrerá a partir das amostras coletadas, quando a unidade, através de comissões de ensino e pesquisa, elaborará estudos que podem contribuir para embasar políticas públicas para o atendimento à população diabética.

Sobre o dispositivo

Os sistemas de monitoramento contínuo de glicose são tecnologias que permitem medir os níveis dela no organismo continuadamente, sem a necessidade de picadas nos dedos ao longo dos dias.

O sensor é aplicado sob a pele e envia leituras frequentes da glicose, ajudando a identificar oscilações perigosas e a manter os níveis mais seguros. Desde 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso desses dispositivos no Brasil.

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Paulo Roberto Belém

Paulo Roberto Belém

Jornalista profissional, com passagem por veículos radiofônicos e impressos. Também possui experiência em assessoria de comunicação. Atualmente, dedica-se à cobertura do cotidiano de Goiás, sempre buscando aprofundar os temas com responsabilidade, sensibilidade e apuração rigorosa.

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