Reviravolta no caso da empresa milionária de Goiás que foi transferida um dia após a morte do dono
Mesmo deixando seis filhos, companhia havia sido passada para homem sem qualquer parentesco

A Junta Comercial do Distrito Federal entendeu como fraude e anulou a transferência de uma empresa de transportes avaliada em R$ 2 milhões, que mudou de sócio um dia após a morte do antigo proprietário.
A Amazônia Inter Turismo Ltda possui concessão da Agência Goiana de Regulação (AGR) para operar a linha de ônibus entre Planaltina de Goiás e o Distrito Federal (DF) desde 2020.
Até 2024, a empresa tinha como dono Raimundo José Eustáquio de Conceição. Ele morreu em 15 de outubro de 2024 – deixando seis filhos e nenhum bem registrado no próprio nome, segundo a certidão de óbito repercutida pela TV Anhanguera.
O quadro societário mudou no dia seguinte, como se ele ainda estivesse vivo. Em 16 de outubro, Raimundo foi substituído por Gilberto José Ribeiro, que não tinha qualquer parentesco com a família.
A alteração contratual, feita por assinatura digital, foi aceita pela Junta Comercial, mas passou a ser analisada a fundo após uma denúncia anônima ser enviada à Prefeitura de Planaltina de Goiás.
Na versão da Amazônia Inter Turismo, a alteração do sócio-administrador aconteceu de forma “totalmente legal, amparada por documentos, autorizações e contratos devidamente assinados em vida”.
A Junta Comercial suspeita. Ao tomar conhecimento dos detalhes, o órgão suspendeu a nova assinatura e instaurou um processo administrativo para apurar os fatos. A investigação também passa pela Polícia Civil (PC).
Caso as irregularidades sejam confirmadas, a empresa pode perder a autorização para operar a linha Planaltina de Goiás-DF.
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