Bebê encontrada morta em Goiânia já estaria sofrendo agressões há meses, dizem familiares
Vítima já tinha cicatrizes provenientes de queimaduras de cigarro e causa da morte segue sendo apurada

Depoimentos prestados por familiares da bebê de apenas 1 ano e 6 meses, identificada como Eloá Manoelly de Sousa, podem indicar que ela já vinha sofrendo agressões há meses. A vítima foi encontrada morta no quarto da residência, no Setor Residencial Monte Pascoal, na região Oeste de Goiânia, na manhã desta terça-feira (21).
Conforme informações apuradas pelo Portal 6, familiares apontaram que a mãe e o padrasto da vítima iniciaram um relacionamento amoroso há cerca de quatro meses e que, durante esse período, ele teria praticado repetidas agressões contra a criança.
No dia 15 de outubro, uma parente relatou ter recebido uma imagem em que a bebê aparecia com hematomas no rosto — conteúdo que teria sido enviado pela própria mãe da criança.
Membros da família chegaram a questioná-la sobre os ferimentos, mas ela não informou o motivo.
A mesma acusação foi feita pela tia da bebê — irmã da suspeita. Ela se deslocou até a residência após receber uma ligação da avó da criança, informando que Eloá estaria passando mal.
Ao chegar à casa, a mulher encontrou a vítima já sem sinais vitais e acionou a Polícia Militar (PM).
Por fim, familiares de Eloá afirmaram que, em diversas ocasiões, o casal brigava e envolvia a criança nas discussões, o que teria ocasionado os ferimentos.
Resultado pericial
O resultado de um exame pericial revelou que a menor apresentava fraturas e hematomas em diferentes estágios de evolução — alguns recentes e outros antigos — além de múltiplas lesões distribuídas pelo corpo, atingindo cabeça, pescoço, tórax, costas e pés.
Prisão
Tanto a mãe quanto o padrasto foram presos em flagrante, após apresentarem versões contraditórias sobre o que teria acontecido, tentando jogar a culpa um no outro.
Vale destacar que o padrasto já possui antecedentes criminais e havia sido preso ainda na última semana, segundo o delegado Alvares Lins, responsável pelo caso.
“Ainda é muito cedo para determinar o que de fato aconteceu, mas, de toda forma, ainda que só um tenha agredido, o outro foi conivente ou omisso “, apontou o delegado.
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