Mãe do adolescente Gabriel Lucas, que morreu ao se enroscar em fios soltos em Anápolis, cobra justiça pelo filho
Vítima estava pilotando uma motocicleta quando passou por entre a fiação e acabou perdendo o controle da moto

Já faz um ano desde o trágico acidente que custou a vida do anapolino Gabriel Lucas Ramos de Oliveira, de apenas 15 anos, mas a dor da perda segue assolando a diarista Kennya Oliveira Lima, mãe do garoto.
O adolescente estava pilotando uma motocicleta quando, no dia 19 de outubro de 2024, se enroscou em fios soltos na via de acesso da Vila São Vicente.
Apesar da tragédia, o problema da fiação na cidade não foi resolvido, o que culminou na morte do pequeno João Victor Gontijo Oliveira, de 10 anos. Foi apenas então que o Poder Público passou a ser mais incisivo e cobrar o descarte adequado das fiações, em um cenário preocupante que ainda se desenrola.
Em entrevista à São Francisco FM, Kennya desabou ao comentar sobre o último ano sem o filho e deixou claro a revolta quanto a falta de respostas das autoridades.
“Para mim, é muita tristeza. Nem aniversário eu comemoro mais. É dor e indignação, porque nada foi feito. Já vai fazer um ano da morte dele e ninguém se manifestou”, lamentou.
Ela comentou que o filho sempre foi apaixonado por motos, por mais que não fosse autorizado pelos pais a pilotar, uma vez que ainda era menor e não tinha habilitação.
Ainda que tenha reconhecido a imprudência do garoto, Kennya foi firme ao evidenciar a negligência da Prefeitura que culminou na morte do garoto.
“A perícia mostrou que ele não estava correndo, nem alcoolizado. Foi por causa dos fios. Se eles não estivessem ali, o Gabriel estaria vivo”, afirmou.
Desde o falecimento do filho, ela lamentou que a energia do lar nunca foi a mesma, uma vez que a presença de Gabriel era o que trazia felicidade em casa.
“Ele era a alegria da casa, um menino bom, que não via maldade em ninguém. Um anjo mesmo. Eu nunca imaginei passar por isso. Minha vida acabou junto com a dele”, desabafou.
Por fim, Kennya cobrou que as empresas responsáveis pela fiação sejam investigadas e penalizadas, também se compadecendo com os familiares de João Victor, vítima pelas mesmas condições.
“Eu quero justiça. Que a morte do Gabriel e do João não sejam esquecidas. Que a justiça chegue aos responsáveis, porque tem que ter um responsável. Eu só quero que isso não aconteça com mais ninguém”, disse.
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