Como lidar com uma pessoa negativa sem perder a paciência, segundo a psicologia
Técnicas para conviver com quem vive no “copo meio vazio” sem deixar a paciência escapar
A rota de um dia comum — no trabalho, na família ou no grupo de amigos — pode se tornar uma jornada de resistência emocional quando há uma presença negativa constante.
Reclamações repetidas, pessimismo, críticas — e uma energia que parece sugar a sua própria disposição. Como manter a sanidade (e a paciência) vivendo perto de quem só enxerga o lado ruim da vida? A psicologia oferece pistas práticas e eficazes.
Negatividade: por que atinge você
Pessoas negativas, segundo especialistas, têm um padrão de pensamento focado no lado desfavorável das coisas, o que se manifesta em críticas frequentes, desconfiança e pouca abertura para aspectos positivos.
Esse tipo de postura pode ter raízes em experiências difíceis, crenças limitantes ou traços de personalidade. Em convivências intensas — como entre colegas, familiares ou parceiros — o impacto não atinge apenas quem expressa o pessimismo, mas também quem está ao redor.
O cotidiano com alguém que reclama, desvaloriza e contesta constantemente tende a drenar energia, elevar níveis de ansiedade e até minar a autoestima.
Estratégias para conviver
1. Estabeleça limites emocionais
Manter proximidade física não significa absorver tudo que a outra pessoa despeja.
A psicóloga Cláudia Melo sugere filtrar as falas negativas sem ignorar a pessoa — um distanciamento emocional saudável, para que críticas e reclamações não penetrem como flechas.
Dizer palavras como “Entendo … mas não posso entrar nessa vibração” ou “Prefiro trocar de assunto” é um sinal de autocuidado. Isso ajuda a evitar o contágio emocional — efeito conhecido na psicologia como contágio de humor, quando as emoções dos outros influenciam a nossa.
2. Use comunicação assertiva e empatia moderada
Nem sempre a melhor saída é ignorar. Em alguns casos — especialmente em relações próximas — vale expressar com clareza como as constantes críticas ou pessimismo afetam você.
Segundo um guia voltado para o convívio com pessoas negativas, essa honestidade, combinada com empatia, pode mudar a dinâmica.
Além disso, reformular a fala da pessoa de maneira neutra (“Você está falando muito sobre o problema — o que você acha que podemos fazer para mudar?”) pode enfraquecer a negatividade e abrir espaço para soluções, não só desabafos.
3. Cuide da sua própria saúde mental
Reserve momentos para si: respiração profunda, prática de hobbies, atividade física, convívio com pessoas mais otimistas. Essas atitudes ajudam a preservar o equilíbrio emocional e a construir resiliência diante de interações desgastantes.
Se a convivência se tornar insustentável — com sintomas persistentes de ansiedade, tristeza ou exaustão — buscar apoio psicológico pode ser uma boa saída. A terapia ajuda a fortalecer autoestima, autoconfiança e estratégias de enfrentamento.
Conviver com alguém negativamente constante não precisa ser um martírio permanente. Ao aplicar essas práticas — limites claros, comunicação consciente, autocuidado e, se necessário, apoio profissional — você protege seu bem-estar sem provocar rupturas desnecessárias.
Às vezes, o maior ato de empatia também é preservar a própria paz interior.
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