É por isso que você jamais deve jogar o papel higiênico no vaso sanitário

Compreender por que o sistema não comporta esse tipo de resíduo é essencial para evitar transtornos futuros

Isabella Valverde Isabella Valverde -
É por isso que você jamais deve jogar o papel higiênico no vaso sanitário
(Foto: Ilustração/Freepik)

Descartar papel higiênico diretamente no vaso sanitário pode parecer inofensivo, mas no Brasil esse hábito é um dos principais responsáveis por entupimentos domésticos e gastos elevados com manutenção.

Isso acontece porque grande parte das residências do país possui sistemas de esgoto antigos ou mal dimensionados, que não suportam a passagem de materiais fibrosos além dos dejetos humanos.

A infraestrutura de saneamento brasileira, marcada por tubulações estreitas, baixa pressão de água e presença de fossas sépticas, impede que o papel se dissolva e seja transportado adequadamente.

Por isso, compreender por que o sistema não comporta esse tipo de resíduo é essencial para evitar transtornos futuros.

Por que o papel não deve ir para o vaso?

O encanamento de muitas casas foi projetado apenas para lidar com resíduos orgânicos. Em redes antigas, o caminho percorrido pela água inclui curvas acentuadas, trechos estreitos e baixa pressão, combinação perfeita para que fibras de papel se acumulem e formem bloqueios.

Já em locais que utilizam fossas sépticas, o problema é ainda maior: esses sistemas não conseguem degradar celulose com eficiência, o que leva ao mau funcionamento e necessidade de limpezas frequentes.

Além disso, em regiões sem tratamento de esgoto, o papel que não se desfaz chega a rios e córregos, intensificando a poluição hídrica.

Alguns papéis são ainda mais perigosos

Embora o papel higiênico tenha sido criado para se desintegrar em contato com a água, isso não acontece com a rapidez necessária nos sistemas brasileiros. Versões mais espessas, como folhas duplas ou triplas, levam mais tempo para se decompor e aumentam o risco de entupimentos.

E o papel toalha, frequentemente usado de forma inadequada, é ainda pior: suas fibras longas e resistentes foram desenvolvidas justamente para não se desfazer com facilidade.

Impactos no meio ambiente

O descarte incorreto também traz prejuízos além das paredes de casa. Quando o papel chega ao meio ambiente sem tratamento, permanece por longos períodos em rios e oceanos, afetando a qualidade da água e a vida aquática.

Em aterros sanitários, seu processo de decomposição libera metano, contribuindo para emissões de gases poluentes.

Sistemas de tratamento de esgoto também sofrem: o acúmulo de papel reduz a eficiência das estações e aumenta custos operacionais.

Qual é a maneira correta de descartar?

A solução mais segura para a maior parte das residências brasileiras é simples: utilizar uma lixeira com tampa ao lado do vaso sanitário. Essa prática evita entupimentos, reduz desperdício de água e preserva a infraestrutura do imóvel.

Em prédios mais modernos, com boa pressão de água e tubulações adequadas, jogar papel no vaso pode ser possível — desde que haja moderação. Na dúvida, a recomendação continua sendo a mesma: prefira a lixeira e evite dores de cabeça com reparos emergenciais.

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Isabella Valverde

Isabella Valverde

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, com passagens por veículos como a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo no estado. É editora do Portal 6 e especialista em SEO e mídias sociais, atuando na integração entre jornalismo de qualidade e estratégias digitais para ampliar o alcance e o engajamento das notícias.

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