Após 12 anos de espera, Goinfra acelera obras e promete entregar Aeroporto de Cargas de Anápolis até 2026

Equipes da autarquia iniciaram obras emergenciais para reverter o processo erosivo, que inclui assoreamento e a formação de três voçorocas

Samuel Leão Samuel Leão -
Após 12 anos de espera, Goinfra acelera obras e promete entregar Aeroporto de Cargas de Anápolis até 2026
Obras de recuperação no aeroporto de cargas, em Anápolis. (Foto: Reprodução)

O Aeroporto de Cargas de Anápolis, uma obra que se arrasta há mais de uma década, está finalmente caminhando para a solução de um grave problema ambiental. Estudos da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) revelaram que a negligência na execução da drenagem pluvial, entre 2010 e 2012, causou a degradação de uma área de 160 hectares, o equivalente a 224 campos de futebol.

Conforme o Diário de Goiás, há 60 dias, equipes da autarquia iniciaram obras emergenciais para reverter o processo erosivo, que inclui assoreamento e a formação de três voçorocas, afetando inclusive o lençol freático da região.

O presidente da Goinfra, Pedro Sales, afirmou que o objetivo é concluir a primeira etapa da intervenção antes do período chuvoso, entre novembro e dezembro, para garantir que o aeroporto possa avançar em sua finalidade de desenvolvimento econômico e logístico.

Diagnóstico e Plano de Recuperação

A Goinfra elaborou um diagnóstico técnico completo que resultou na criação de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).

Este documento detalhou os problemas e orientou a empresa executora, permitindo que a intervenção seja realizada em tempo integral.

O investimento total previsto pelo Governo de Goiás para a recuperação é de aproximadamente R$ 38 milhões.

O gerente de Estudos Ambientais da Goinfra, Fábio Miguel da Silva Borges, explicou que o projeto envolve a instalação de uma drenagem pluvial adequada, a correção dos processos erosivos, a reconstrução da cabeceira da pista, o desassoreamento de cursos d’água, o reflorestamento das Áreas de Proteção Permanente (APPs) e a revegetação das áreas planas.

As etapas mais críticas estão em andamento e devem ser finalizadas antes do retorno do período chuvoso.

Obras

Estado declarou que a medida é a maior obra de recuperação ambiental em curso em Goiás. (Foto: Divulgação/Goinfra)

Origem do Problema e Expectativa

O passivo ambiental decorreria da falha da empresa contratada para a construção inicial, que não implantou um sistema de drenagem pluvial adequado. Imagens de satélite já indicavam o agravamento da erosão entre 2015 e 2016.

A intervenção atual prevê a construção de terraços e dispositivos para reduzir a velocidade das águas pluviais, prevenindo futuros processos erosivos.

Atualmente, a Goinfra executa dois canais de drenagem e recupera o Ribeirão Extrema. Após a conclusão das obras, o aeroporto será entregue à Infraero em condições de receber novos investimentos na pista.

A meta para 2026 inclui a homologação parcial para pousos e decolagens e a ampliação da infraestrutura para operação plena.

O Estado de Goiás considera esta a maior obra de recuperação ambiental em curso, conciliando preservação ecológica e desenvolvimento econômico regional.

Após a resolução da problemática, tratativas devem ser retomadas com a Infraero para definir detalhes acerca da gestão da unidade.

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Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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