Por que às vezes engordamos mesmo sem comer muito? Entenda o que realmente está por trás disso
Especialistas explicam fatores hormonais, metabólicos e comportamentais que influenciam o ganho de peso além da alimentação

Muitas pessoas relatam ganhar peso mesmo afirmando que não comem em excesso. A situação costuma gerar frustração e dúvidas, principalmente quando dietas parecem não funcionar. No entanto, especialistas explicam que engordar nem sempre está ligado apenas à quantidade de comida, mas a uma combinação de fatores que vão além do prato.
Embora a alimentação tenha papel central, o corpo humano responde a estímulos hormonais, metabólicos e emocionais. Dessa forma, mesmo comendo pouco, alguns hábitos e condições podem favorecer o acúmulo de gordura.
Metabolismo pode ficar mais lento
Um dos principais fatores está no metabolismo. Com o passar dos anos, o corpo tende a gastar menos energia em repouso. Além disso, dietas muito restritivas podem fazer o organismo entrar em modo de economia, queimando menos calorias para se proteger.
Quando isso acontece, pequenas quantidades de alimento já podem ser suficientes para gerar ganho de peso. Portanto, comer pouco nem sempre significa emagrecer.
Hormônios influenciam diretamente o peso
Alterações hormonais também exercem grande impacto. Problemas na tireoide, resistência à insulina, síndrome dos ovários policísticos e alterações no cortisol podem favorecer o ganho de peso, mesmo sem aumento significativo da ingestão alimentar.
Além disso, o estresse crônico eleva o cortisol, hormônio que estimula o armazenamento de gordura, principalmente na região abdominal. Assim, o corpo passa a acumular energia como forma de defesa.
Qualidade do sono faz diferença
Dormir mal interfere diretamente no controle do peso. A falta de sono desregula hormônios ligados à fome e à saciedade, como a grelina e a leptina. Com isso, o corpo sente mais fome e menos saciedade, mesmo que a pessoa não perceba um aumento expressivo na quantidade de comida.
Além disso, o cansaço reduz a disposição para atividades físicas e prejudica o metabolismo.
Alimentação pode ser pouca, mas inadequada
Outro ponto importante é a qualidade dos alimentos. Mesmo comendo pouco, o consumo frequente de produtos ultraprocessados, ricos em açúcar e gordura, favorece picos de glicemia e maior armazenamento de gordura.
Além disso, dietas pobres em proteínas e fibras dificultam a manutenção da massa muscular, o que reduz ainda mais o gasto calórico diário.
Sedentarismo e perda de massa muscular
A falta de atividade física contribui para a perda de massa muscular ao longo do tempo. Como o músculo é metabolicamente ativo, sua redução diminui o gasto de energia do corpo. Assim, mesmo mantendo a mesma alimentação, o peso pode aumentar.
Por isso, especialistas reforçam que o controle do peso depende de um conjunto de fatores. Alimentação equilibrada, sono adequado, manejo do estresse e prática regular de exercícios fazem parte do processo.
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