Cientistas descobrem a idade em que o cérebro começa a esquecer as coisas com mais facilidade
Estudos apontam fase crítica do envelhecimento cerebral e explicam por que lapsos de memória se tornam mais comuns

Esquecer nomes, compromissos ou onde deixou objetos pode parecer apenas distração, mas a ciência já consegue identificar quando o cérebro humano começa, de fato, a perder eficiência na memória.
Pesquisas recentes indicam que esse processo começa mais cedo do que a maioria imagina — e não está necessariamente ligado a doenças.
Qual é a idade em que o cérebro começa a esquecer mais
De acordo com grandes estudos populacionais e análises neurológicas, os primeiros sinais mensuráveis de declínio cognitivo surgem, em média, a partir dos 40 a 45 anos.
Nessa fase, o cérebro passa a apresentar uma leve redução na velocidade de processamento de informações e na capacidade de armazenar novas memórias com a mesma facilidade da juventude.
Importante destacar: isso não significa perda grave de memória, mas maior esforço para aprender, memorizar e recuperar informações.
Por que isso acontece nessa fase da vida
O envelhecimento cerebral é um processo natural. Com o passar dos anos, algumas estruturas do cérebro — especialmente o hipocampo, responsável pela formação de novas memórias — começam a perder parte da sua eficiência.
Além disso, ocorre uma diminuição gradual da plasticidade neural, que é a capacidade do cérebro de criar novas conexões entre os neurônios.
Isso torna o aprendizado mais lento e aumenta a chance de lapsos momentâneos, como esquecer palavras, nomes ou detalhes recentes.
O declínio não acontece de uma vez
Pesquisadores explicam que o cérebro não “desliga” de repente. O processo ocorre em etapas:
- Entre 40 e 50 anos: surgem lapsos leves e dificuldade maior para memorizar informações novas
- Após os 60 anos: a redução da memória e da velocidade mental tende a se intensificar
- Acima dos 75 anos: o impacto varia muito de pessoa para pessoa, dependendo da saúde geral e do estilo de vida
Ou seja, o envelhecimento cerebral não é igual para todos.
Esquecer coisas é normal
Especialistas reforçam que esquecimentos ocasionais fazem parte do envelhecimento saudável. Trocar nomes, esquecer onde guardou algo ou demorar mais para lembrar uma informação não é, por si só, sinal de problema grave.
A preocupação surge quando os esquecimentos passam a interferir na vida diária, como perder compromissos importantes com frequência, se desorientar em locais conhecidos ou ter dificuldade para realizar tarefas rotineiras.
O papel do estilo de vida na memória
A ciência também mostra que o ritmo do declínio cognitivo não é fixo. Há fatores que podem retardar significativamente esse processo. Pessoas que mantêm hábitos saudáveis tendem a preservar melhor a memória ao longo dos anos.
Entre os principais aliados do cérebro estão atividade física regular, sono de qualidade, alimentação equilibrada, estímulo intelectual constante e vida social ativa.
Exercitar o cérebro faz diferença
Aprender coisas novas, ler, estudar, tocar um instrumento, jogar jogos que exigem raciocínio e manter conversas estimulantes ajudam a fortalecer as conexões neurais. Esse estímulo contínuo funciona como um “treino” para o cérebro, reduzindo o impacto do envelhecimento.
Quando procurar um especialista
Caso os lapsos de memória se tornem frequentes, progressivos ou comecem a comprometer a autonomia da pessoa, a recomendação é procurar um neurologista ou geriatra.
Avaliações precoces ajudam a diferenciar o envelhecimento normal de condições como déficit cognitivo leve ou doenças neurodegenerativas.
Envelhecer afeta o cérebro, mas esquecer um pouco mais com o passar dos anos é esperado e natural. A boa notícia é que grande parte desse processo pode ser desacelerada com escolhas diárias simples, que beneficiam não só a memória, mas a saúde como um todo.
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