Geração Z não quer beber no réveillon por acreditar que o álcool afeta o cérebro
Cada vez mais, jovens optam por passar a virada do ano sem beber, motivados principalmente pela percepção de que o consumo de álcool pode afetar o cérebro, a saúde mental e o desempenho no dia a dia

A geração Z está mudando a forma de celebrar o réveillon, e o álcool já não ocupa mais o papel central que teve em outras gerações.
Cada vez mais, jovens optam por passar a virada do ano sem beber, motivados principalmente pela percepção de que o consumo de álcool pode afetar o cérebro, a saúde mental e o desempenho no dia a dia.
Essa escolha não surge do acaso. A geração Z cresceu em um ambiente de maior acesso à informação, debates sobre bem-estar e atenção constante aos impactos das próprias decisões.
Por isso, a relação com festas, bebidas e hábitos sociais segue um caminho diferente do que foi visto no passado.
Uma mudança clara nos hábitos de consumo
Diversas análises sobre a geração Z mostram que ela bebe menos álcool e participa menos de festas longas quando comparada aos millennials.
Inclusive, essa mudança já impacta a indústria de bebidas, que passou a investir em versões sem álcool e em alternativas para quem busca socializar sem beber.
Em alguns países, festas com café, drinks sem álcool e experiências mais focadas em conversa e música têm ganhado espaço, especialmente entre os mais jovens.
Menos ressaca, mais produtividade
Um dos motivos por trás dessa escolha está ligado ao desempenho no trabalho.
Estudos ao longo dos anos indicam que o consumo frequente de álcool está associado a mais problemas de produtividade, faltas e dificuldades de concentração.
A geração Z parece atenta a isso. Ao beber menos, esses jovens sofrem menos com ressacas e com a chamada “hangansiedade”, termo usado para definir a ansiedade que aparece após episódios de embriaguez.
Esse sentimento, segundo pesquisas, pode afetar diretamente o humor e o rendimento profissional.
O que dizem os estudos sobre álcool e trabalho
Um estudo clássico já apontava que pessoas que bebem de forma moderada a pesada relatam mais problemas de desempenho no trabalho do que aquelas que consomem álcool com pouca frequência ou evitam completamente.
Os dados mostraram que quanto maior o consumo, maiores eram os relatos de erros, atrasos e dificuldades no ambiente profissional.
Por isso, especialistas defendem ações educativas que expliquem a relação entre álcool, saúde e desempenho.
Estresse, ansiedade e autocuidado
Outro fator importante é o contexto atual. Pesquisas recentes indicam níveis recordes de estresse no trabalho, especialmente entre jovens adultos.
A chamada “ansiedade de domingo”, por exemplo, afeta grande parte dessa faixa etária, impulsionada por pressão profissional, medo de perder oportunidades e incertezas econômicas.
Nesse cenário, evitar álcool se torna uma estratégia de autocuidado.
A geração Z demonstra maior preocupação em preservar a saúde mental e reduzir gatilhos que aumentem ansiedade e desconforto emocional.
Reputação digital também pesa
Além da saúde, existe um fator social relevante.
Diferentemente dos millennials, a geração Z cresceu consciente de que fotos e vídeos podem circular indefinidamente na internet.
Evitar situações de exposição sob efeito do álcool ajuda a preservar a reputação pessoal e profissional.
Enquanto gerações anteriores compartilhavam registros de festas sem grandes preocupações, hoje há um cuidado maior com a imagem online e com possíveis impactos futuros.
Para a geração Z, celebrar o ano novo não significa necessariamente beber.
A prioridade é começar o ano bem, com clareza mental, equilíbrio emocional e escolhas alinhadas ao próprio bem-estar.
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