Preço da carne vai baratear? Especialistas dizem se o melhor momento de comprar é agora ou no final de ano

Presidente do Sindiaçougue diz que mercado internacional está movimentado, gerando imprevisibilidade nos preços

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Preço da carne vai baratear? Especialistas dizem se o melhor momento de comprar é agora ou no final de ano
Carne no açougue, preço começa a cair timidamente. (Foto: Reprodução)

Pressionado de todas as formas, com aumento de itens essenciais como combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica, por exemplo, o consumidor goiano chegou até imaginar que o preço da carne pudesse dar uma aliviada no bolso para as festas de final de ano.

Isso por que, com o travamento de venda do produto para a China, sobrou estoque da proteína nas lojas especializadas locais.

Mas essa diferença é ainda muito desproporcional. Depois dos preços subirem quase 40% ao longo de 2021, no último mês, alguns cortes tiveram o valor reduzido – beirando 10% – conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, parou por aí. Nos últimos 15 dias, os valores começaram a elevar.

Em entrevista ao Portal 6, o presidente do Sindicato do Comércio Varejistas de Carnes Frescas do Estado de Goiás (Sindiaçougue-GO), Sílvio Carlos Yassumaga Brito, explica que a carne que estava em estoque já foi vendida e a tendência é de alta, mas não muito.

“Há muita especulação e imprevisibilidade neste mercado. Os Estados Unidos, por exemplo, fez uma aquisição de 50% a mais do Brasil que o previsto. Há a possibilidade de até faltar produto caso a China volte a comprar. Mas, subir mais de preço, não vejo como, parariam as vendas”, analisa.

Nessa corda bamba, não consegue afirmar se este é o melhor momento para adquirir carnes para o fim do ano.

Entretanto, há quase 20 anos no mercado, André Oliveira, dono do açougue Ponto da Carne Goiânia, diverge. Ele acredita que os preços continuarão a subir com a chegada do Natal e do Reveillon e o melhor momento para ir às compras é agora.

André afirmou que a semana que antecede as festividades de fim de ano costuma ser o período de maior movimento no comércio. Contudo, para este ano, ele afirma que há muita preocupação no ramo dos açougues.

“A margem de lucro sobre a venda das carnes é muito pequena e estamos vemos um consumo cada vez mais restrito. O preço de custo fixo para nos mantermos aumentou e as vendas caíram”, detalhou.

 

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