Prefeitura de Goiânia atrasa pagamentos e coleta de lixo é prejudicada em diversas regiões

Na última semana, serviço chegou a ficar paralisado após companhia acumular débitos desde março com empresa de caminhões

Emilly Viana Emilly Viana -
Funcionários da Comurg reclamam de atraso no pagamento de salários, FGTS e plano de saúde. (Foto: Divulgação / Prefeitura de Goiânia)Prefeitura de Goiânia atrasa pagamentos e coleta de lixo é prejudicada em diversas regiões
Funcionários da Comurg reclamam de atraso no pagamento de salários, FGTS e plano de saúde. (Foto: Divulgação / Prefeitura de Goiânia)

Atrasos nos pagamentos de empresas que prestam serviços para a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) têm provocado interrupções na coleta de lixo da capital.

Moradores ouvidos pela reportagem relataram problemas, na última semana, em bairros das regiões Central, Oeste, Centro Oeste, Sudoeste e Noroeste da capital. São citados por eles: Setor Capuava, Vila Santa Helena, Parque Santa Rita, Setor Estrela D’Alva, Residencial Brisas da Mata, Vila João Vaz e Jardim Marquês de Abreu.

Ainda nesta segunda-feira (22), problemas no serviço foram registrados nos setores Alto do Vale, Bairro da Vitória, Madre Germana 2 e Santa Fé.

Questionada, a Comurg afirmou que os problemas registrados nos últimos dias ocorreram por falta de acordo em contrato com a ITA Frotas, empresa que faz locação de caminhões e fornece motoristas para a companhia. O funcionamento teria voltado ao normal, segundo a Comurg, após consenso entre as partes.

Em nota, a ITA explicou que a paralisação dos serviços, que teve início em 13 de agosto, foi encerrada na última quarta-feira (17) depois que parte dos débitos – que não eram repassados desde março deste ano – foram pagos pela Prefeitura. Após os atrasos consecutivos, a empresa decidiu suspender a parceria e só voltou a operar com o pagamento parcial.

Outros atrasos

Além da ITA, a Comurg também tem problemas financeiros com a Ticket Log, que é responsável pela gestão de combustíveis da companhia. Em nota, a empresa esclarece que não mantém contratos de prestação de serviços ativos com o município por conta de débitos em aberto.

A empresa diz ter emitido um comunicado prévio de que seria efetuada a suspensão dos serviços contratados enquanto aguarda a regularização. A Comurg, por sua vez, argumenta que os atrasos ocorrem todos os meses devido aos intervalos de transferência financeira dos bancos. Apesar disso, a demora não seria problema, já que a administração teria um tanque reserva para garantir o abastecimento.

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) garantiu que o fluxo atual de pagamento chega em um dia e já é direcionado para a pasta no outro. A secretaria destaca que segue mantendo o equilíbrios fiscal e que, com as alterações de fluxo instituídas recentemente pela Prefeitura, não há nenhum processo com trâmite regular pendente de pagamento.

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