Mineradora começa produção de terras raras em Goiás; entenda
Elementos são essenciais para tecnologias de energia renovável como usinas eólicas e carros elétricos
A mineradora Serra Verde começou a operação de mineração e processamento de terras raras em Minaçu, no Norte de Goiás. Considerados críticos para a produção de tecnologias, os elementos são peças-chaves principalmente para a geração de energia verde.
Na primeira fase do projeto, a expectativa é de produzir pelo menos 5 mil toneladas de óxido de terras raras por ano. A mina, por sua vez, possui uma vida útil de 25 anos.
Atualmente, o continente asiático é líder quanto aos depósitos de argila iônica, onde se encontra os elementos de terras raras (ETRs). Já a área da Serra Verde é um forte competidor, sendo que o Brasil é o segundo maior produtor do mundo, atrás apenas da China.
Isso porque, de acordo com a empresa, para além da alta quantidade disponível de ETRs, o município se localiza em uma área que já possui raízes minerárias, com uma proximidade vantajosa de infraestruturas de energia renovável, como turbinas eólicas.
Outras aplicações são na produção de células solares, superímãs de disco rígidos de computadores, lâmpadas de LED e motores de carros elétricos.
As argilas iônicas podem ser mineradas com técnicas simples, sem a necessidade de usar produtos químicos perigosos, britagem, moagem ou lixiviação ácida, segundo a Serra Verde.