Sumiço de filho não era sequestro e ‘comprinhas’ em Anápolis explicam tudo
Vendedor de queijos e doces desmentiu deslavadamente as preocupações dos familiares
Trabalhador, não consome bebida alcoólica e nem tem hábito de sair à noite. Às 12h de quarta-feira (17) foram com essas palavras que um pai ‘apresentou’ o filho ao procurar os agentes da Polícia Civil de Nerópolis. A preocupação tinha como fundamento o sumiço do trabalhador, de 37 anos, desde a noite do dia anterior – já que às 22h havia falado com a própria mãe.
Alegando que o desaparecimento extrapolava o comportamento do filho, acreditou-se em um possível sequestro. Ele estaria dirigindo um Toyota Corolla. Por meio do sistema, foi observado registros do veículo se movimentando durante toda a madrugada em cidades como Anápolis (Bairro Calixtópolis), Nerópolis, Goiânia e até em direção a Nova Veneza.
Um ponto a mais para a preocupação do pai – que insistia, o filho tem hábito de falar várias vezes com a mãe. Além disso, ao ligar no telefone dele só chamava e até a namorada não tinha notícias do vendedor de queijos e doces.
Mas é aí que a história dá uma guinada daquelas, de 180 graus. Às 15h, ou seja, três horas após o pai ter ido à Polícia Civil registrar o desaparecimento do filho, ele, finalmente, foi encontrado em Terezópolis.
O vendedor de queijos e doces desmentiu deslavadamente as preocupações dos familiares. A até então ‘vítima’ confessou que há quase dois dias estava consumindo bebidas alcoólicas e usando drogas – compradas na região dos puteiros em Anápolis.
E provou. Dentro do carro, haviam 29 porções de pedras de crack – uma a menos nas contas do próprio homem, que diz ter comprado 30.
Ele foi conduzido para a Central de Flagrantes.