Goiás possui alguns dos municípios com os nomes mais inusitados do país; veja
Nomenclaturas "diferentonas" estão ligadas diretamente a elementos peculiares na fundação das cidades
Já parou para pensar o quão inusitada pode ser a história por trás de um nome? Para as cidades, isso não é diferente. Com mais de 246 municípios e 71 distritos, Goiás possui uma infinidade de designações peculiares estado adentro.
Seja Mairipotaba, Matrinchã ou Faina, o que não faltam são nomenclaturas curiosas e com uma história profunda. Pensando nisso, o Portal 6 preparou uma lista com 06 municípios de Goiás com os nomes mais “diferentões”, mas que não deixam nada a desejar quando o quesito é a origem deles.
Palmelo
Fundada em 1929, fruto de um povoado que surgiu em Pires do Rio, no Sudoeste do estado, a comunidade que futuramente se tornaria uma cidade se formou em uma fazenda, que antes era propriedade do Barão de Palmelo, guarda-mor do Imperador D. Pedro II.
Assim, o local herdou o nome do fazendeiro e, em 1953, se desvinculou de Pires do Rio, se tornando um município independente. Ainda hoje, moradores seguem a influência do espiritismo, em decorrência da fundação de um centro espírita onde ficava a propriedade do Barão.
Piranhas
Apesar de um nome um tanto quanto sugestivo, Piranhas, no Oeste goiano, foi batizada por influência de um rio. A história da localidade começou em 1948, quando um grupo de técnicos e operários da Fundação Brasil Central, que traçavam a rodovia que ligava Caiapônia a Aragarças, acampou na margem esquerda do rio.
Contudo, após parte das equipes serem dispensadas das obras, os trabalhadores iniciaram a formação de um povoado que, consequentemente, recebeu a mesma denominação do rio.
Trombas
Apenas dois anos depois, no Norte do estado, um grupo de imigrantes nordestinos chegaram em Goiás procurando terras férteis. Assim, eles se instalaram em um córrego, nomeado por eles como “Córrego das Trombas de Elefante”, devido à característica das rochas que formavam as quedas d’água.
Com o passar do tempo, o núcleo se alçou à condição de distrito e, posteriormente, em 1988, se tornou um município independente.
Gameleira de Goiás
Apesar de uma nomeação um tanto quanto inusitada, Gameleira de Goiás, a 95 km de Goiânia, possui uma história ancorada na fé. Conta-se que em 1963, um grupo constantemente subia um morro na saída para Anápolis, a fim de rezar uma novena, tornando este um ponto fixo para as missas e cultos religiosos.
Assim, com a frequência, os membros da congregação decidiram abrir uma igreja ao lado de uma árvore chamada “Gameleira”, que nomearia mais tarde a cidade. Contudo, o grupo não tinha dinheiro para a construção e pediu ajuda a um fazendeiro, que decidiu abrir um comércio ao lado da árvore para auxiliar no projeto.
Não demorou muito para que outros estabelecimentos, incluindo escolas, se instalassem na região, que mais tarde, em 1967, seria oficializada como uma cidade.
Baliza
Terror para alguns motoristas, Baliza, a 418 km da capital do estado, na verdade, não tem nada a ver com a famosa manobra de trânsito. Isso porque a localidade, fundada em 1924, surgiu por meio de uma comunidade de garimpeiros que trabalhavam na região.
Assim, os trabalhadores optaram pelo nome devido a uma pedra de 05 metros de altura, que possui este nome, vista nas proximidades.
Eles se instalaram no local devido a uma notícia de que havia sido descobertas jazidas de diamantes. Logo, a população começou a crescer, elevando o local ao status de povoado e, posteriormente, a distrito.