O que é “encefalite”, infecção viral que pode ter causado a morte da pequena Rebeca em Anápolis

Ao Portal 6, pediatra explica o que seria a inflamação e faz orientações importantes para prevenir outras tragédias

Samuel Leão Samuel Leão -
Rebeca Nunes Mota da Costa, de 07 anos, faleceu na noite de sábado (06), enquanto dormia. (Foto: Reprodução/Instagram)
Rebeca Nunes Mota da Costa, de 07 anos, faleceu na noite de sábado (06), enquanto dormia. (Foto: Reprodução/Instagram)

A morte da pequena Rebeca Nunes Mota da Costa, de apenas 07 anos, gerou um alerta sobre os pais, que devem se atentar aos perigos das infecções virais durante a infância.

Uma das possíveis causas apontadas para o súbito falecimento da garotinha – que morreu enquanto dormia, na noite de sábado (06) – foi uma encefalite. A conclusão do Instituto Médico Legal (IML), contudo, deve demorar entre 30 e 90 dias.

Em entrevista ao Portal 6, a pediatra Lorena Diniz, membro da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), explicou as principais características dessa inflamação.

“A encefalite é uma inflamação da membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal. A causa pode ser viral ou bacteriana. Costuma começar com sintomas na infância, como febre alta, vômito, perda de apetite, num quadro comum a todas as viroses”, detalhou a especialista.

Ela ainda apontou que essa infecção pode ser causada por meningite, que possui sinais semelhantes a doenças comuns. No entanto, ela pode ser identificada por meio de algumas particularidades.

“Para a meningite, dor de cabeça e rigidez na nuca, além da sensibilidade à luz, são pontos a serem observados. Uma agitação fora do normal e uma grande irritabilidade também devem ser observadas, pois a doença afeta todo o sistema nervoso central e periférico”, complementou.

Outros possíveis sintomas são vômitos e o aparecimento de manchas roxeadas na pele, lembrando hematomas espalhados pelo corpo. Como os sintomas iniciais são semelhantes aos de outras viroses, é importante se atentar nesses detalhes para possibilitar um diagnóstico rápido.

“Para o diagnóstico, é necessário realizar a pulsão do líquido cefalorraquidiano, na coluna. Assim será identificado se é viral ou bacteriano. Como é uma doença altamente letal, geralmente são administrados antibióticos antes mesmo da confirmação, para prevenir a evolução”, finalizou.

Lorena ainda reforçou que é importante manter em dia a vacinação contra meningite e, nos casos bacterianos – em especial por meningococos – verificar as pessoas que tiveram contato para evitar a contaminação. Mesmo com tratamentos, a doença pode deixar sequelas no paciente.

*Colaborou Augusto Araújo

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