Médico de Anápolis é indiciado por crimes sexuais contra alunos de medicina

Investigação da Polícia Civil indica que João Paulo Ferreira Castro teria feito mais de 50 vítimas

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Médico João Paulo Ferreira. (Foto: Reprodução/ PC)
Médico João Paulo Ferreira. (Foto: Reprodução/ PC)

O médico João Paulo Ferreira Castro foi indiciado por importunação sexual de pelo menos cinco estudantes de medicina, de uma universidade, que exerciam atividades ligadas ao internato na Santa Casa de Anápolis, onde o suspeito atuava como residente. Ele foi preso na Unidade Prisional Regional no dia 20 de junho, mas solto sete dias depois.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Isabella Joy, há ainda a possibilidade de haver mais vítimas, que não procuraram à delegacia para denunciá-lo.

Na época, inclusive, conforme destaca a autoridade, a suspeita era de que o suposto autor havia cometido o crime contra 53 pessoas.

A defesa do médico negou que as práticas tenham acontecido e afirma que está aguardando a audiência de instrução para que tanto as vítimas quanto João sejam ouvidos pelas autoridades judiciais.

Logo após o surgimento das acusações, o Conselho Regional de Medicina (Cremego) alegou que todas as denúncias sobre o comportamento dos médicos são recebidas, apuradas e tramitam em sigilo.

A universidade responsável também apontou que todas as medidas administrativas pertinentes foram tomadas e se colocou à disposição para colaborar com as autoridades.

Em tempo 

Nos relatos prestados à PC, as vítimas relataram sofreram recorrentes assédios e abusos de autoridade, incluindo brincadeiras de duplo sentido, insinuações diretas de atos sexuais e até toques físicos, como colocar a mão na cintura, apertar o braço e comentários não profissionais nas redes sociais.

Na época, um grupo foi criado no WhatsApp com o intuito de juntar relatos. Quatro vítimas procuraram a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) para denunciar a situação.

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