Falsa pediatra que sequestrou recém-nascida agiu de forma premeditada, diz polícia

Dentro do carro, agentes encontraram enxoval infantil feminino, o que indica que crime havia sido planejado

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Falsa pediatra que sequestrou recém-nascida agiu de forma premeditada, diz polícia
Falsa pediatra Cláudia Soares Alves. (Foto: Reprodução/Polícia Militar e Acervo pessoal)

A falsa pediatra Cláudia Soares Alves, de 42 anos, presa suspeita de ter sequestrado uma bebê recém-nascida no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), teria agido de forma premeditada, conforme a Polícia Civil (PC). A pequena foi resgatada na quarta-feira (24) e a mulher foi presa no mesmo dia, em Itumbiara. 

Segundo a PC, durante a prisão, foram encontrados um enxoval infantil no carro dela com produtos do sexo feminino. Questionada, ela afirmou que os itens seriam um presente para a empregada doméstica dela, que está grávida.

A justificativa é questionada pela PC, uma vez que a profissional apontada por Cláudia espera um menino, o que indica que o crime foi feito de forma premeditada.

Na defesa, o advogado da suspeita, Vladimir Rezende, afirmou que médica está gestante e que chegou a ter sangramentos no momento da prisão, indicando um possível aborto.

A Polícia Civil (PC), porém, nega a alegação e ressalta que ela passou por um exame de corpo de delito no Hospital Municipal Modesto de Carvalho, onde os médicos descartaram a gravidez.

A defesa ainda diz que a médica faz acompanhamento psiquiátrico já há alguns meses devido à morte da mãe e tem tomado medicamentos controlados.

Cláudia foi autuada em flagrante por sequestro qualificado e está presa em uma cela comum na Unidade Prisional Regional Feminina de Orizona, onde divide cela. Ela permaneceu em silêncio durante o depoimento inicial.

Conforme as investigações, o crime aconteceu na terça-feira (23) quando a mulher, que é concursada no hospital, apresentou o crachá e entrou na unidade de saúde.

Se passando por uma pediatra, ela pegou a bebê, que tinha apenas três horas de vida, e afirmou para os pais que a levaria para se alimentar. Assim, ela fugiu com a recém-nascida pela porta do hospital em um carro vermelho.

Em decorrência da situação, uma parente de um policial rodoviário federal de Goiás, que é casada com um médico que trabalha no hospital de Uberlândia, informou o caso ao agente.

O serviço de inteligência da PRF conseguiu localizar o veículo utilizado pela suspeita, além da identificação e o endereço dela, e se deslocou até Itumbiara.

A bebê foi encontrada, submetida a exames e não apresentou sinais de maus-tratos.

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