Após sofrer com demora e sem poder se alimentar, bebê de Anápolis finalmente consegue realizar cirurgia
Portal 6 já havia contado, em primeira mão, a história de Stella, que nasceu em meio a um tratamento de câncer da mãe
“Agora estou aliviado”, esta foi a primeira frase dita por Bruno Gomes Peixoto, pai da pequena Stella Gomes, ao conceder uma nova entrevista ao Portal 6, logo após a bebê sair da sala de cirurgia, nesta quinta-feira (1º), na Santa Casa de Anápolis.
A garotinha, de apenas 6 meses, vinha sofrendo desde que nasceu sob suspeita de uma síndrome rara que atinge o sistema neural, enviando ‘informações’ contrárias para o corpo, fazendo com que ela vomitasse tudo o que comia.
Mesmo após conseguir autorização para a realização de uma cirurgia de gastrotomia, a qual resolveria parcialmente o problema, impasses com o plano de saúde Hapvida vinham travando o avanço do tratamento.
Solução
Contudo, logo após o Portal 6 postar uma matéria sobre o caso da criança, nesta quarta-feira (31), os trâmites se aceleraram, levando a pequena para a sala de operação já na tarde desta quinta-feira (1º).
“Eles [Hapvida] nos ligaram e tentaram entender o que estava atrasando, aí hoje já retornaram e falaram que a gente poderia levar a neném, que estava tudo esclarecido com a Santa Casa para a cirurgia”, afirmou o pai, aliviado.
Apesar disso, Bruno explicou que, assim que chegou ao hospital, algumas burocracias ainda atrasaram o procedimento, gastando cerca de 8 horas até que tudo fosse resolvido.
Stella entrou para o centro cirúrgico às 16h e saiu às 17h18. Para a felicidade de todos, a operação foi tranquila e a pequena foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) logo depois.
Agora é necessário que ela fique sob observação, realizando testes com diferentes tipos de alimentos, a fim de compreender quais nutrientes o organismo responde bem.
Um novo desafio
Apesar das boas notícias, Stella ainda precisa continuar o tratamento assim que sair do hospital. Segundo o pai, é necessário que seja realizado um exame para constatar que ela possui realmente a síndrome rara, a qual foi diagnosticada somente clinicamente, sem nenhum tipo de análise.
“A gente tem que fazer esse exame, porque não tem como continuar um tratamento sem saber o real motivo, qual síndrome ela tem. Se fizermos um tratamento que não tem nada a ver, pode acabar prejudicando ainda mais a saúde dela”, afirmou.
Entretanto, o maior desafio é que este exame custa aproximadamente R$ 15 mil, fora todo o pós-operatório, que inclui custo com alimentação especial para a bebê, que ultrapassa os R$ 3 mil mensais.
Para isso, os pais de Stella abriram uma vaquinha para conseguir angariar fundos para cuidar da filha, uma vez que Bruno é autônomo e Samara, a mãe, precisará ficar em tempo integral cuidando da bebê.
O casal disponibilizou a chave Pix (62) 98116-7978 para quem puder ajudar, mesmo que com pequenas quantias.
“Por mais que a gente corra atrás, nós não damos conta de 100%. Dependemos muito da ajuda das pessoas, quem puder e quem se sensibilizar com a causa. Não é algo extraordinário como muitas crianças que precisam até mais, mas os custos são muito altos. Quem puder ter empatia, não é para mim, é para ajudar uma criança”, concluiu o pai, emocionado.
Resposta do Hapvida
Ao Portal 6, o plano de saúde Hapvida emitiu uma nota sobre o caso, na qual esclareceu que a cirurgia foi realizada dentro do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Além disso, a empresa ainda reforçou que não houve negativas quanto às diárias hospitalares, reafirmando que o tempo e o leito dessas são de responsabilidade da equipe médica.
Confira a nota na íntegra:
“A empresa reafirma seu compromisso em fornecer a melhor assistência, com segurança e cuidado aos seus clientes. Esclarece que o procedimento solicitado foi autorizado dentro do prazo e das diretrizes estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e realizado nesta quinta-feira (1º), na Santa Casa de Anápolis. Reforça que, em momento algum, houve negativa de diárias hospitalares e que o tempo e o leito necessários são definidos pela equipe médica responsável e automaticamente liberados. A empresa está em contato com a família para acolher e prestar as devidas orientações.”