Ludopatia: entenda sinais de que você pode estar viciado em jogos de aposta
Especialista explicou ao Portal 6 que tendência tem afetado pessoas de todas as idades e crescido cada vez mais entre jovens
Atualmente, uma preocupação que tem aumentado entre a população brasileira é o grande crescimento de casas de apostas online, que trouxe uma ‘facilidade’ para fomentar a ludopatia, um problema psicossocial que atinge pessoas viciadas em jogos de apostas.
Devido à facilidade de se aplicar essas quantias financeiras por meio do celular, essa tendência também tem alcançado pessoas cada vez mais jovens.
É o que confirma a psicóloga, Beatriz Mendes. Ao Portal 6, ela conta que dificilmente a pessoa com sinais de vício procura atendimento. “Geralmente é a esposa, marido, pais e responsáveis que vêm com a queixa”, citou.
A especialista citou comportamentos que podem identificar quem precisa de ajuda. “Quando influencia no sono, no relacionamento do casal, na rotina escolar, quando se pretere compromissos, é possível perceber que algo está errado”, explicou.
A psicóloga relatou um caso de um adolescente, de 17 anos, que foi diagnosticado com vício em jogos computador e celular, ambos envolvendo apostas. “Não conseguia fazer as tarefas porque toda hora chegava notificação de um novo jogo, um novo desafio”, contou.
Ela lembrou que o menor não concordava com o estado. ”Perdeu o ano, desenvolveu ansiedade e precisou ir para o psiquiatra, dado a gravidade da situação”, complementando que após ter passado pelo médico-especialista, teve a situação estabilizada.
Prevenção
Beatriz destacou que o autoconhecimento nessas questões é primordial para combater esse vício.
Como método para prevenir o agravo de quadros iniciais da ludopatia, ela chama a atenção das pessoas próximas. “As falas de mãe, pai, esposa, marido são uma boa forma de influenciar nesse auto-reconhecimento”, explicou.
Outra tática, segundo a especialista, é buscar uma mudança de rotina. “É ver quais prazeres posso colocar no dia a dia. Não precisa parar de uma vez, mas inclua jogos com amigos, futebol, outros esportes, que comece a conversar, coisas simples”, definiu.
A psicóloga complementa que o padrão de comportamentos deve ser combatido. “Ao invés de ir pro sofá e jogar, assista uma série, converse, brinque com o filho no parque, saia de casa”.
Por fim, a profissional orientou para a busca de profissionais especializados em eventuais excessos. “Temos psicólogos, psicoterapeutas e, em último caso, psiquiatras para auxiliar na questão”, finalizou.