“Sinais claros de tortura”, afirma delegado sobre jovem que teria sido sequestrado e acorrentado pelo patrão em Goiás

Apontado como responsável pelo crime, suspeito ainda não foi localizado pela polícia para prestar depoimento

Augusto Araújo Augusto Araújo -
“Sinais claros de tortura”, afirma delegado sobre jovem que teria sido sequestrado e acorrentado pelo patrão em Goiás
PC investiga caso de jovem que alega ter sido torturado pelo patrão, em Guaraíta. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil (PC) deu início à investigação do caso envolvendo um jovem, de 27 anos, que alega ter sido sequestrado, acorrentado e torturado pelo patrão em Guaraíta, na noite desta terça-feira (10).

Em entrevista ao Portal 6, o delegado Thiago Carvalho afirmou que equipes já foram acionadas para apurar a procedência das informações apresentadas pela vítima e a autoria do crime.

“O que eu posso afirmar, até o momento, é que ele deu entrada em um hospital acorrentado, com sinais claros de tortura. Mas ainda estamos investigando quem pode ter sido os verdadeiros autores”, destacou.

Thiago pontuou também que o jovem alegou que já trabalhava com o suspeito há cerca de 1 ano e que nunca havia sofrido agressões semelhantes.

Por fim, o delegado afirmou que o patrão ainda não foi encontrado para prestar depoimento sobre o ocorrido. No entanto, equipes de perícia já deram início à investigação na fazenda onde as torturas teriam acontecido.

Em tempo

A vítima alega que, na última terça-feira (10), foi torturado pelo patrão, de 45 anos, após uma suspeita de roubo que ela teria cometido.

Segundo ela, o suspeito teria se juntado a uma pessoa desconhecida, para levá-lo à fazenda onde teria ocorrido o crime.

Assim, ao chegar em um barracão dentro da propriedade rural, o jovem teria sido acorrentado no pescoço e nas mãos com arames e cadeados.

Dessa forma, o trabalhador teria sido agredido fisicamente e recebido ameaças de morte por um período de 4h até os autores irem embora.

Em depoimento à polícia, o jovem disse que só conseguiu fugir após quebrar o cadeado que mantinha ele preso em uma viga. Na sequência, teria andado cerca de 15 km até chegar em um hospital, onde foi atendido com as correntes ainda envoltas no pescoço e mãos.

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