Karina Gouveia e marido têm prisão mantida e irão responder por 7 crimes; saiba quais

Proprietários de clínicas de estética foram presos sob suspeitas de terem 'deformado' pacientes com procedimentos irregulares

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Karina Gouveia e marido têm prisão mantida e irão responder por 7 crimes; saiba quais
Karine Gouveia e marido são investigados pela polícia. (Foto: Reprodução/Instagram)

A Justiça de Goiás determinou que a empresária Karine Gouveia, assim como o marido dela, PC Segredo, deverão permanecer presos, após realização de audiência de custódia nesta quinta-feira (19).

O casal está detido desde a última quarta-feira (18), suspeitos de terem ‘deformado pacientes” com produtos inadequados para procedimentos estéticos e cirúrgicos realizados nas unidades das clínicas que mantinham.

Conforme a decisão, assinada pela juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, existem sólidas provas de materialidade do delito e indícios de autoria por parte de ambos. Sendo assim, a prisão temporária foi mantida.

Junto aos empresários, também foram presos Daniel Ferreira Lima (odontólogo) e Jessica Moreira dos Santos (biomédica), que eram responsáveis técnicos nas clínicas de Karine Gouveia.

No entanto, a mesma sentença determinou que estes dois receberão liberdade provisória, com uso de tornozeleira eletrônica de monitoramento.

Todos os quatro irão responder, no total, por sete crimes: exercício ilegal da medicina; lesão corporal gravíssima; falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais; estelionato; execução de serviço de alto grau de periculosidade sem autorização; fazer afirmação falsa ou enganosa ou omitir informação relevante sobre produtos ou serviços; e organização criminosa.

A defesa do casal se posicionou em relação ao caso com a seguinte nota:

Os advogados dos empresários Karine Gouveia e Paulo Cesar Dias Gonçalves, Dr. Romero Ferraz e Dr. Tito Amaral, respectivamente, reiteram que não há qualquer motivação para a manutenção da prisão, uma vez que não há demonstração da sua necessidade para as investigações e que ambos podem responder às acusações em liberdade sem qualquer prejuízo para o processo, especialmente, mas não somente, porque a clínica já está com as suas atividades suspensas e, ainda, com o agravante de possuírem um filho de 07 anos. Inclusive, o STF reconhece que esse tipo de prisão, para constranger investigados e pressioná-los a renunciar aos seus direitos constitucionais, é inconstitucional. A defesa discorda absolutamente e irá recorrer.

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