Justiça condena policiais militares a 7 anos de prisão pela morte de três adolescentes em Goiânia

Caso aconteceu em março de 2019, mas apenas agora ocorreu a condenação

Beatriz Bueno Beatriz Bueno -
Justiça condena policiais militares a 7 anos de prisão pela morte de três adolescentes em Goiânia
Imagem ilustrativa de martelo de juiz (Foto: Canva)

Cinco policiais militares foram condenados a sete anos de reclusão, nesta última quinta-feira (24), pelo Tribunal do Júri de Goiânia, pela morte de três adolescentes em março de 2019.

Os acusados foram responsabilizados pelo triplo homicídio de Pedro Henrique Souza Santos, Walisson Barros dos Santos e Maycon Ferreira Conceição da Silva.

De acordo com a denúncia, na época dos fatos, os militares se dirigiram a uma residência no Setor Jardim das Aroeiras, em Goiânia, após receberem informações sobre um veículo supostamente utilizado em roubos na região.

Ao chegarem ao local, os policiais arrombaram o portão da casa e dispararam três tiros contra Pedro Henrique, que morreu no local. Walisson e Maycon tentaram fugir pulando o muro para o terreno vizinho, mas foram perseguidos pelos militares e alvejados. Walisson foi atingido por três tiros, enquanto Maycon recebeu nove disparos.

A denúncia também apontou que os policiais demoraram a acionar o socorro médico e a comunicar o suposto confronto ao centro de operações, o que resultou em um atraso no atendimento de emergência e no acionamento da Polícia Judiciária e da Polícia Técnico-Científica.

Para justificar a versão de um confronto armado, os militares alegaram que as vítimas teriam disparado contra a equipe após o rádio utilizado por um dos acusados ter tocado. Na tentativa de dar suporte a essa versão, eles realizaram buscas na casa, alegando a possibilidade de apreensão de drogas ilícitas, embora não tenham encontrado provas que corroborassem essa alegação.

Além disso, foi comprovado que o veículo, que os policiais afirmaram estar sendo utilizado nos roubos, não possuía impressões digitais compatíveis com as vítimas, desmentindo a versão de que os jovens estivessem envolvidos no crime.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) estuda a possibilidade de recorrer da sentença, enquanto os réus têm direito de recorrer em liberdade.

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