Mounjaro falso é vendido pelo crime organizado por mais de R$ 4.000 em GO
Operação visitou o Camelódromo de Campinas, onde as embalagens eram falsificadas

Uma operação apreendeu 32 canetas emagrecedoras falsificadas que eram vendidas a R$ 4.3000 em um centro comercial de Goiânia, na última sexta-feira.
Canetas emagrecedoras eram vendidas ilegalmente a R$ 4.300. Os medicamentos imitavam a embalagem do Mounjaro (tirzepatida), canetas injetáveis, da farmacêutica Eli Lilly. Operação realizada pela Polícia Civil e Militar ocorreu na última sexta-feira no Camelódromo de Campinas, que fica no bairro Setor Campinas, em Goiânia.
32 canetas foram apreendidas no dia. De acordo com a investigação, as embalagens eram falsificadas dentro do próprio camelódromo, sendo montadas para dar aparência de originalidade ao produto. Medicamentos não tinham registro na Anvisa.
Uma pessoa foi presa durante a operação. Um adolescente também foi apreendido. A polícia identificou outro integrante do grupo que está foragido.
Leia também
- Revelada identidade de jovem que morreu após capotamento em rodovia de Goiás
- Familiares de empresária morta pelo ex-marido em Anápolis organizam carreata de mobilização para Júri Popular
- Avião com deputado estadual sofre pane e faz pouso de emergência em Goiás
- Câmera flagrou briga com faca dentro de cozinha de badalado gastrobar de Goiânia
Uso de versões não originais coloca pacientes em riscos. Farmacêutica já divulgou anteriormente uma carta aberta sobre os riscos de falsificação e manipulação de tirzepatida. “Saiba que ao comprar esse tipo de produto, ou o adquiri-lo de fonte não verificada ou sem prescrição de profissional de saúde habilitado, você pode estar adquirindo versões que representam riscos à sua saúde”.
Medicamento é vendido no Brasil desde maio deste ano. Em junho, Anvisa aprovou uso para obesidade. Antes dessa regulamentação, o remédio tinha aprovação do órgão para tratar diabetes tipo 2, e o uso para tratar sobrepeso e obesidade era feito de forma off label (que não consta na bula). Atualmente, o medicamento só é vendido com retenção de receita nas farmácias.
Preço máximo fora do programa cobrado ao paciente é de R$ 2.384,35 -no produto de 5 mg. Para os produtos de 2,5 mg , o preço é de R$ 1.907,29, considerando uma alíquota de 18% de ICMS. O medicamento não é fabricado no Brasil e vem de uma fábrica da Lilly na Europa.