4 profissões que estão em alta e, mesmo sem diploma, estão pagando bem — mais de R$ 15 mil
Áreas técnicas ganham força e oferecem salários elevados mesmo sem formação universitária

Nos primeiros anos do século XX, o prestígio profissional estava quase sempre preso ao diploma universitário. Era o canudo que garantia status, inclusão no mercado e até certo orgulho familiar. Mas esse cenário começou a virar ao longo das últimas décadas, especialmente com o avanço tecnológico. Hoje, como mostram relatórios do LinkedIn Economic Graph e estudos de carreiras técnicas citados pelo Sebrae, o mercado brasileiro vive uma reviravolta: há ocupações altamente especializadas, muito procuradas e com salários que ultrapassam os de diversas profissões tradicionais — mesmo sem exigir ensino superior.
Esse movimento tem raízes em dois fatores. Primeiro, a digitalização acelerada, que fez crescer a demanda por profissionais capazes de lidar com dados, segurança e automação. Segundo, o déficit de trabalhadores qualificados, apontado pelo Senai em seus levantamentos sobre a indústria brasileira, que reforça a escassez de mão de obra técnica.
4 profissões que estão em alta e, mesmo sem diploma, estão pagando bem — mais de R$ 15 mil
Entre as carreiras que melhor representam essa mudança de paradigma está a de analista de cibersegurança. Segundo o Observatório Nacional de Segurança Cibernética, a área sofre com falta de especialistas em nível mundial, o que elevou salários para patamares acima de R$ 15 mil em empresas privadas. A função exige cursos técnicos e certificações, mas não necessariamente faculdade. Também cresce rapidamente a demanda por analistas de dados autodidatas, impulsionada pela explosão do big data. Levantamentos divulgados pelo Glassdoor e pela FGV mostram remunerações equivalentes às de vagas que antes eram exclusivas para graduados.
Outro campo aquecido é o de profissionais de tráfego pago e marketing digital. O Sebrae afirma que essas áreas estão entre as que mais cresceram depois da pandemia, com ganhos altos para especialistas capazes de gerar resultados rápidos para empresas e e-commerces. A mesma tendência aparece nos estudos da Câmara Brasileira da Economia Digital, que aponta a função como uma das mais procuradas por pequenos negócios em expansão.
Na economia presencial, a profissão de técnico em energia solar desponta com força. O Instituto Ideal e a Agência Internacional de Energia destacam o Brasil como um dos países que mais instalam painéis fotovoltaicos no mundo, o que ampliou a procura por instaladores certificados — muitos deles recebendo valores acima de R$ 15 mil em projetos residenciais e comerciais.
Essas quatro carreiras mostram que o mercado está menos interessado em diplomas e mais focado em competências reais. Para muitos brasileiros, essa mudança significa oportunidade, mobilidade e um caminho promissor em áreas que valorizam conhecimento prático acima de qualquer título.
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