Pastor que fingia incorporar anjos para abusar de fiéis em Anápolis é condenado a 95 anos de prisão
Investigações revelaram que líder religioso explorava fragilidades emocionais e problemas de saúde de vítimas, porque acreditava que elas seriam mais suscetíveis aos abusos
O pastor Vanderlei de Oliveira foi condenado a 95 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável, produção de conteúdo sexual envolvendo menor e atuação em concurso de pessoas.
A sentença foi proferida pela juíza Marcela Caetano da Costa, da 5ª Vara Criminal de Anápolis, após a análise de um conjunto amplo de depoimentos e provas reunidas durante a investigação.
A esposa do pastor – Maria de Lourdes dos Santos Oliveira – também foi condenada, já que a apuração mostrou que ela atuava para apoiar o marido e evitar que as vítimas denunciassem os abusos.
De acordo com as investigações, Vanderlei se apresentava como pai espiritual dos frequentadores da Assembleia de Deus Ministério Bola de Fogo e afirmava incorporar anjos durante atendimentos religiosos.
Conforme apontou denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), ele usava essa narrativa para convencer fiéis emocionalmente fragilizados de que os atos tinham caráter espiritual, o que facilitava a manipulação das vítimas.
Em coletiva de imprensa na época da prisão do casal, a delegada Isabella Joy, responsável pelo caso, explicou que o acusado explorava fragilidades emocionais e problemas de saúde de algumas pessoas, porque acreditava que elas seriam mais suscetíveis aos abusos.
A investigadora destacou, inclusive, que alguns episódios aconteceram na presença da esposa, que permanecia em silêncio enquanto reforçava a confiança das vítimas no pastor.







