Por que o peru pode ser a nova dor de cabeça para os supermercados de Anápolis

Durante uma pesquisa de comparação de preços, fiscais do Procon perceberam que havia algo fora do comum

Os sete principais supermercados e hipermercados de Anápolis foram notificados pelo Procon Municipal suspeitos de utilizarem a grande procura por perus no período de Natal para formarem um cartel – alinhamento de preços que visa o aumento do lucro dos empresários.

Responsável pelo órgão, Robson Torres contou ao Portal 6 que a decisão foi tomada quando os fiscais fizeram uma pesquisa de comparação e perceberam que o produto, de diferentes marcas, estava sendo vendido pelo mesmo valor em quase todos estabelecimentos.

O problema foi percebido no Carrefour, Bretas, Supervi (Jardim Goiano), Rio Vermelho (Jundiaí), Atende Mais (Jardim Gonçalves), Floresta (Centro) e Atacadão (Setor Tropical).

Se tratando do peru da Sadia, os supermercados e hipermercados estavam comercializando o quilograma por R$15,98, com exceção do Rio Vermelho, que cobrava R$17,59, e o Bretas, que não vende a marca.

O Peru Seara custava R$16,48, salvo o Bretas, que também não trabalha com esse produto.

Já o peru Rezende apresentou uma variação irrelevante de R$14,98 para R$14,99 em todas as unidades, exceto no Carrefour e Atacadão. Veja a pesquisa na íntegra.

Para constatar se os estabelecimentos realmente cometeram o alinhamento de preços, foi dado um prazo de cinco dias para que sejam apresentados ao órgão todas as notas fiscais de aquisição dos produtos.

“Se não apresentarem os documentos solicitados dentro do prazo estabelecido, estariam descumprindo uma ordem e, consequentemente, esses locais devem receber uma multa”, afirmou Robson.

O valor da penalidade não foi divulgado, no entanto, o Portal 6 apurou que em alguns desses supermercados, depois de receber as notificações, os valores já sofreram alterações em relação aos que consta na pesquisa do Procon.