“Quero que meu caso vá para Delegacia da Mulher”, pede jovem de Anápolis

Alegando estar com luxação grave e ter sido agredida violentamente por três homens, ela também não entende porque o caso foi para em delegacia comum

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
“Quero que meu caso vá para Delegacia da Mulher”, pede jovem de Anápolis

Kamila completa 29 anos nesta sexta-feira (03) com o rosto inchado, os olhos roxos e o nariz quebrado. Há dois dias ela foi agredida em um bar da Avenida Tiradentes, no Centro de Anápolis, após discutir com um homem que teria a ofendido por conta do candomblé, religião que ela professa.

As imagens que mostram a violência, e que ganharam as redes sociais na cidade, causaram revolta e controvérsia.

A jovem aparece quebrando uma garrafa de cerveja na cabeça do rapaz antes dele partir para cima dela com murros e fugir.

Houve mais dois episódios de agressão no mesmo local, segundo Kamila. Ela sustentou em depoimento na Central de Flagrantes da Polícia Civil que o dono do bar, juntamente com outro rapaz, a expulsaram do estabelecimento aos puxões de cabelo e mais socos.

“Só queria pegar o meu celular, que acabou sendo roubado”, disse ela à reportagem do Portal 6.

Surpreendentemente, o caso foi registrado apenas como lesão corporal e não seguiu para Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). A situação deve ser investigada pelo 4º Distrito Policial, que tem como titular o delegado Thiago Amorim.

Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, ele informou que “assim que tomar conhecimento dos fatos irá ouvir as pessoas envolvidas e, somente depois, saberá se permanecerá como TCO ou se transformará em inquérito, de acordo com os depoimentos e resultados das perícias”. Kamila teme que os agressores fiquem impune.

“Estou com uma luxação grave no nariz. Senão melhorar, terei que fazer procedimento cirúrgico. Quero que o meu caso vá para a Delegacia da Mulher”, pede.

A reportagem do Portal 6 não conseguiu localizar os demais envolvidos no caso.

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