Em menos de uma semana, chuva já deixou vários sinais de destruição em Anápolis
Previsão é que mais água caia nos próximos dias, elevando o sinal de alerta na cidade
A chuva ganhou intensidade e provocou diversos incidentes em Anápolis nos últimos dias. Antes restritos apenas em regiões ainda carentes de equipamentos urbanos, como Sul e Oeste, os estragos tornaram-se mais visíveis ao alcançar também locais de maior circulação.
O exemplo mais recente é um buraco profundo que se abriu no asfalto da Avenida São Francisco após o solo ceder, no último domingo (23). Mais movimentada do bairro Jundiaí, a via foi sinalizada por populares e, mesmo com o mau tempo, recebeu reparos nesta segunda-feira (24).
Deslizamento de terra no trecho Anápolis da BR-414 mobilizou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que precisou desobstruir a pista no último sábado (22). Vários veículos ficaram atolados e o congestionamento ultrapassou quatro quilômetros.
No mesmo dia, equipes da Saneago estiveram, às pressas, fazendo a instalação de um registro na Avenida Xavier de Almeida. Realizada, segundo a companhia, para reforçar o sistema de água, a ação deixou quase metade de Anápolis com as torneiras vazias pois, durante a execução, o bombeamento foi desligado e só ativado novamente à noite.
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Rafael Moreira Farinha, responsável pela Defesa Civil em Anápolis, pontua que, apesar da intensidade que a chuva tem tido, ocorrências de emergência, como enchente, desabamento, desmoronamento e soterramento, não foram registradas na cidade.
“Em relação aos alagamentos, temos pontos conhecidos e outros [em observação] que, por questão do relevo do bairro, podem alagar”, explicou ao Portal 6 o agente da Prefeitura de Anápolis. Atualmente, um total de 23 áreas de risco são monitoradas pelo órgão e pelo Corpo de Bombeiros.
Estado de atenção
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que acompanha os efeitos do tempo em todo o país, emitiu nesta segunda-feira (24) alerta estimando os riscos que não só Anápolis como toda a região Centro-Oeste corre nos próximos dias.
Alagamentos, quedas de galhos de árvores e da energia elétrica podem ocorrer e, conforme Farinha, este estado de atenção é assistido pela Defesa Civil, que tem auxilio das secretarias municipais de Obras e Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Habitação e Planejamento Urbano e da Enel.
“[As pastas] contam com força-tarefa que trabalha todos os dias”, afirma. “Sobre os alertas para os próximos dias, sempre recebemos com um a dois dias de antecedência e são alertas mais precisos. Assim que recebemos um alerta, se for de grandes proporções, já comunicamos as autoridades”, completa.
Populares também podem ter acesso as notificações. Para isso, basta cadastrar o CEP da rua que mora junto à Defesa Civil pelo número 40199. Depois da confirmação, sempre que houver riscos, o órgão passará, via SMS, a enviar mensagem de texto no celular informando da situação.