Famílias deixarão propriedade rural às margem da BR-060 nesta quinta (05)
Manifestantes alegam que não têm para onde ir e reclamam que as prefeituras das cidades próximas se negam a oferecer amparo


As cerca de 700 famílias que ocupam uma propriedade rural às margens da BR-060, entre os municípios de Anápolis e Terezópolis, devem deixar pacificamente o local até às 15h desta quinta-feira (05).
A determinação é da Justiça de Goiás, que já acolheu em primeira instância dois pedidos de reitegração de posse solicitado por uma construtora do estado.
Desde o final da manhã de ontem (04), oficiais de Justiça acompanhados da Polícia Militar tentam negociar a desocupação do local com líderes do Movimento Sem Terra (MST).
Um total de 15 viaturas do Tático e da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Anápolis foram deslocadas para a ação.
Acampadas em barracas de lona e papelão, as famílias alegam que não têm para onde ir e reclamam que as prefeituras das cidades próximas se negam a oferecer amparo.
Reivindicando a bandeira da reforma agrária, e alegando que a fazenda é improdutiva, os manifestantes promoveram o fechamento da rodovia durante o último Carnaval para chamar atenção do poder público.