Caiado diz porque não conseguiu flexibilizar isolamento social em Goiás
"Seria uma falha imperdoável deixar a população correr esse risco", afirmou o governador

Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (03), o governador Ronaldo Caiado (DEM) explicou em detalhes as normas do novo decreto suplementar que estenderá por mais 15 dias o isolamento social em Goiás.
Conforme o chefe do Executivo Estadual, não é possível permitir que a população volte a circular livremente nas ruas porque o sistema público de saúde não comporta uma alta demanda de pacientes.
“A maioria das compras que o Brasil havia feito na China, nenhuma foi mantida, não cumpriram o contrato. Nós estaríamos distribuindo os equipamentos, aventais apropriados, máscaras e luvas, mas essa entrega não foi feita”, explicou
“Não podemos colocar nossa força de trabalho em risco. Não é justo intensificar uma demanda aos hospitais se flexibilizarmos e amanhã não pudermos oferecer a vestimenta e todos os equipamentos necessários para que nossas equipes possam atender o paciente”, acrescentou.
A ideia inicial, segundo o governador, é levar equipamentos, como respiradores, para várias cidades, para não haver um colapso nos hospitais estaduais de Anápolis, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade.
“Queremos que a contaminação seja lenta e gradual. O que não podemos ter é o colapso da rede. Se não, vamos colocar o médico naquela situação de escolher quem vai ter UTI e quem não vai. Ninguém tem estrutura no mundo para suportar o coronavírus.”
Economia
Ainda durante a coletiva, Caiado voltou a falar que a prioridade do Governo do Estado é garantir que a população goiana sobreviva ao novo coronavírus e fez um apelo para que indústrias se disponham a produzir materiais que possam ajudar os profissionais da saúde no tratamento dos pacientes, como ventiladores e outros equipamentos de UTI.
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“A área econômica nós temos sensibilidade, mas ela nessa escala vai ser gradualmente liberada. Não vamos deixar que o estado caminhe para a curva vermelha e entre em colapso. Seria uma falha imperdoável deixar a população correr esse risco”, disse.
Sobre comerciantes que insistem em abrir as portas, o governador salientou que todos precisam tomar os cuidados contra a doença e este também não é o momento de fomentar a desobediência civil.
“Peço a todos esses que querem trabalhar que se inscrevam como voluntários. Aqueles que têm a energia da mocidade e acreditam que não passa de uma gripe, para aderir a nós que precisamos atender pacientes”.
Quarentena
Questionado se a população estaria acatando o conselho de Jair Bolsonaro (sem partido) para desrespeitar a quarentena e sair de casa, o governador salientou que não quer politizar a situação e insistiu para que as pessoas fiquem em casa.
Segundo ele, mesmo que o presidente da República apresente uma Medida Provisória (MP) para liberação do comércio, os decretos estaduais continuam em vigor e devem ser seguidos.