Bebê de Anápolis com hematomas misteriosos e sangramento na boca é transferida para o HUGOL
Polícia Civil ouviu os pais da garotinha e delegada contou em entrevista o que já se sabe sobre o caso
Já foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), a garotinha de 02 meses que deu entrada na UPA Pediátrica, na noite de terça-feira (13), com hematomas no corpo e sangramento na boca.
A recém-nascida tem o quadro clínico estável, mas foi levada para a enfermaria da unidade na capital para receber acompanhamento mais especializado.
Em entrevista à Radio São Francisco, a delegada Marisleide Santos, responsável pelo caso, informou que a Polícia Civil já iniciou as investigações sobre o caso e ouviu tanto o pai, de 19 anos, quanto a mãe, de 18.
“Todas as diligências estão sendo tomadas e foram requisitados novos exames nessa criança. Foram contatadas lesões e há informações, ainda não confirmadas, de que [a recém-nascida] poderia ter fratura”, explicou ao jornalista Jonathan Cavalcante.
A investigadora também alega que nenhuma hipótese será descartada e, mesmo sem indícios, até um exame de prática sexual foi solicitado para afastar as possibilidades de outros crimes.
Uma nova avaliação médica também vai apontar se a bebê tem realmente um sopro pulmonar e se esse problema poderia ser a causa do surgimento dos hematomas ou se a menina foi realmente vítima de alguma violência.
“A criança apresenta lesões. Não foi confirmado ainda na perícia se foi de um dia ou mais dias. A criança estava com sangue na boca possivelmente por lesão interna, mas isso são os médicos e peritos que vão analisar”, explicou a delegada.
Caso fique comprovado, no fim das investigações, que a bebê foi alvo de qualquer agressão, os pais deverão ser responsabilizados criminalmente.
Relembre o caso
A recém-nascida precisou ser levada para a UPA Pediátrica depois que o pai acionou a polícia e revelou ter visto hematomas na barriguinha dela enquanto trocava as fraldas.
O genitor teria discutido com a mãe da criança por conta da situação. No entanto, a moça explicou que a garotinha não sofreu nenhuma queda, mas possui um sopro pulmonar e, por isso, aparecem manchas no corpinho.
Momentos depois da briga, o jovem relatou ter ido ao supermercado e visto que a filha engasgou dentro do carrinho. Ao se aproximar, constatou que estava saindo sangue da boca dela.
Para garantir o bem-estar e a saúde da pequena, os policiais foram com os pais e a bebê até a UPA Pediátrica e acionaram o Conselho Tutelar para fazer o acompanhamento do caso.